Com a imagem de uma cena do filme ‘O Garoto’ ocupando quase toda a capa, o Jornal da Tarde noticiou a morte do ator, diretor e produtor de cinema Charles Chaplin na noite de Natal de 1977.
“A ALEGRIA DEIXOU O PALCO DA VIDA. COM CARLITOS.
Tranquilamente, enquanto dormia, Charles Spencer Chaplin morreu na madrugada de ontem em sua residência em de Vevey, na Suíça, aos 88 anos. Ao lado de sua mulher Oona e de oito de nove filhos, reunidos para comemorar o Natal.”
Jornal da Tarde - 26 de dezembro de 1977
Abaixo de outra imagem, de Chaplin manipulando o personagem Carlitos como um fantoche, uma pequno texto resumia:
“Nenhum outro personagem do cinema foi mais amado ou popular do que Carlitos. E nenhum outro cineasta foi tantas vezes chamado de gênio quanto Chaplin.”
Impedido desde 1952 de retornar aos Estados Unidos, país onde revolucionou o cinema, o inglês Chaplin morava na Suíça com a mulher e os filhos. “Charles Chaplin morreu de velhice. Sua morte foi tranquila e pacífica”, informou o médico da família Henri Perrier, conforme noticiou o Estadão dois dias depois.
Gripado, Chaplin estava de cama há uma semana. Os familiares já sabiam que o fim estava próximo, mas os presentes de Natal não deixaram de ser entregues e a mulher e oito dos nove filhos estiveram ao lado da cama do gênio do cinema nos últimos momentos.
Jornal da Tarde
Por 46 anos [de 4 de janeiro de 1966 a 31 de outubro de 2012] o Jornal da Tarde deixou sua marca na imprensa brasileira. Neste blog são mostradas algumas das capas e páginas marcantes dessa publicação do Grupo Estado que protagonizou uma história de inovações gráficas e de linguagem no jornalismo. Um exemplo é a histórica capa do menino chorando após a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
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