O mercado do boi gordo segue a semana com algumas incertezas e sem uma direção definida para as cotações da arroba. O mercado futuro ficou volátil na semana passada, de um lado pressionado pela combinação de vários fatores de baixa, mas as perdas foram limitadas pelos fundamentos, que continuam altistas no longo prazo. Enquanto a oferta restrita e início da entressafra dão sustentação ao mercado, a ocorrência de geadas, férias coletivas em frigoríficos, o início da entrada de animais de confinamento e o caso de estomatite em Goiás empurraram os preços para baixo na semana passada. Determinantes neste cenário são os preços do bezerro. A oferta de animais para abate será maior ou menor, de acordo com a capacidade de os pecuaristas reporem as cabeças abatidas. Com isso, se as cotações do bezerro continuarem subindo, os produtores tendem a segurar mais seus animais, mesmo com os fatores de pressão. Na semana passada, os preços do bezerro, segundo o Indicador Esalq, subiram 0,7% e fecharam a sexta-feira a R$ 751,52 por cabeça. Já o valor à vista do indicador do boi gordo ficou em R$ 94,24/arroba, com alta de 0,12%. Com o resultado, os preços da arroba acumularam na semana passada a modesta valorização de 0,3%.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.