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O que aconteceu com a brasileira agredida no Chile? Entenda

Mulher de 31 anos foi atacada em apartamento em Santiago durante viagem. Ela está internada e família se mobiliza para viabilizar retorno

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Foto do author José Maria Tomazela

A brasileira Maressa Crisley Nunes dos Santos, de 31 anos, foi internada em estado grave em um hospital de Santiago, no Chile, depois de ser brutalmente espancada durante um assalto ao apartamento que ocupava, na capital chilena. Uma colega de Maressa, também brasileira, foi agredida e ameaçada, mas só teve ferimentos leves.

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A família da jovem, que mora em Maringá, no norte do Paraná, viajou para o país vizinho e pede ajuda para transferir Maressa para um hospital no Brasil. O governo brasileiro acompanha o caso.

A irmã de Maressa, Larissa Nunes, disse que a jovem e sua colega tinham alugado um apartamento e viajaram juntas a passeio para Santiago e pretendiam visitar também outras cidades chilenas.

  • Na noite do crime, elas pediram comida por meio de um aplicativo, mas o falso entregador invadiu o apartamento e as agrediu.
  • Pelo celular, ele chamou outros dois homens, que também participaram das agressões e ameaças. Os homens roubaram relógios, joias e celular, além de dinheiro das vítimas.

Segundo a irmã, os agressores ainda tentaram estuprar a jovem, que ficou com várias mordidas pelo corpo. Como Maressa é fisiculturista, ela reagiu, por isso foi muito espancada.

“Bateram nela com muita violência e enfiaram o cano da arma na boca dela. Ela está com várias fraturas no rosto, muito inchada. Neste momento estamos com trâmites burocráticos com o Hospital del Salvador para liberarem ela para voltar ao Brasil”, disse à reportagem.

Polícia foi acionada e investiga o caso Foto: Carabineros/Chile

Maressa teve fraturas na mandíbula, no nariz e está com um dos olhos afetados pelas agressões. Seu estado ainda é considerado grave. As agressões só cessaram porque os vizinhos ouviram os gritos e chamaram a polícia, mas os três homens fugiram antes da chegada dos policiais.

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A mulher foi socorrida e levada para o hospital. A família criou uma vaquinha virtual, pedindo ajuda para custear a viagem de retorno ao Brasil, futuras cirurgias e medicamentos. Até esta terça-feira, 2, tinham sido arrecadados R$ 31,9 mil da meta de R$ 60 mil.

A irmã de Maressa informou que, na tarde desta terça-feira, a paciente foi considerada apta a viajar em voo comercial. “Os médicos deram alta no sentido de que ela pode ser transferida, mas aguardamos o laudo que autoriza ela a viajar em voo comercial”, disse.

Larissa negou as informações de que a irmã teria sido alvo de uma facção conhecida como ‘El Tren de Aragua’ (O Trem de Aragua), que age na Venezuela e outros países sul-americanos.

Segundo ela, “isso tudo é mentira” e nesse momento a família está preocupada apenas com a saúde da jovem. Ela disse que confia na ação da polícia chilena para esclarecer o ataque sofrido pela sua irmã e a amiga.

Governo brasileiro acompanha o caso

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O Ministério das Mulheres informou que a Ouvidoria e a Assessoria Internacional da pasta estão acompanhando o caso de Maressa Nunes, a brasileira que foi vítima de “graves violências” no Chile.

Segundo a nota, a assessoria internacional está em contato com as autoridades chilenas para acompanhar a investigação do caso e as questões burocráticas do atendimento médico. Já a Ouvidoria está em contato com a irmã de Maressa e acompanhando o estado de saúde dela.

Segundo a nota, eventual retorno da jovem ao Brasil depende de avaliação médica. No fim de semana, a ministra Cida Gonçalves utilizou sua conta no X, para se manifestar sobre o caso, deixando registrada sua solidariedade a Maressa, gravemente ferida, e sua amiga, que teve ferimentos leves. “O governo brasileiro repudia todo e qualquer ato de violência contra mulheres”, escreveu.

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O Itamaraty informou que está prestando assistência consular à brasileira agredida.

O Hospital El Salvador respondeu que as informações sobre o caso estão sendo prestadas apenas às autoridades e aos familiares da vítima.

O caso está sendo investigado pela 19ª Delegacia da Polícia de Investigações do Chile, em Santiago. A reportagem entrou em contato com a polícia chilena e aguarda retorno.

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