Nove presos foram mortos na noite de domingo, na penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, litoral pernambucano, depois do início de uma briga entre dois detentos que teria sido causada por ciúmes. O diretor do presídio, major PM Edílson Monteiro, acredita que as mortes se deveram a um acerto de contas entre detentos que aproveitaram a confusão para agir. Os agressores atearam fogo nos colchões e mataram as vítimas a facadas e pauladas. Os corpos de seis dos mortos foram jogados depois no fogo e os dos outros três no pátio. Oito envolvidos no tumulto foram indiciados e autuados em flagrante pelo delegado de Itamaracá, Reginaldo Gregório da Silva. Quatro dos mortos cumpriam pena por estupro, dois por latrocínio, dois por homicídio e um por assalto. Eles ocupavam um pavilhão que abrigava 47 presos que faziam trabalhos administrativos na penitenciária. Nada aconteceu aos dois presos que iniciaram a briga, Ednaldo José da Silva, 29 anos, e José Liberato Lopes, 37. Uma das versões sobre o motivo da desavença entre os dois foi a de que, durante a visita dos familiares, a mulher de um deles teria ido ao banheiro e encontrado o outro pelado. Uma outra hipótese é a de que um deles teria ido olhar a mulher do outro quando ela foi ao banheiro. A penitenciária tem capacidade para 606 presos e abriga agora 1.025, depois da baixa dos nove mortos. A guarda da Barreto Campelo só percebeu que algo estava acontecendo no pavilhão devido ao fogo. Os bombeiros foram chamados e hoje um reforço da Polícia Militar foi enviado ao local para fazer a contagem dos presos. Morreram Antonio Martins da Silva, 41 anos, Valdir José de Lima, 40, Samuel José de Lima, 44, Janílson Melo de Lima, Heleno Francisco Ramos, 61, Lourival Inácio da Silva, 28, José Gonçalves de Lima, 24, José Alves de Lima, 40, e José Clemente de Almeida Souza, 39.
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