Britânicos decidem retirar príncipe Harry do Afeganistão

Ministério da Defesa afirma que segurança do príncipe poderia ficar ameaçada.

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Por Da BBC Brasil

O Ministério da Defesa britânico afirmou em um comunicado divulgado nesta sexta-feira que o príncipe Harry - o terceiro na linha de sucessão do trono britânico - será retirado do Afeganistão. A decisão foi anunciada depois que a imprensa americana violou um embargo sobre a publicação de notícias relacionadas ao envio do príncipe ao país e noticiou, na quinta-feira, que Harry estava na frente de batalha na província afegã de Helmand há dois meses e meio. Com a divulgação extensiva sobre a presença do príncipe em solo afegão, o ministério decidiu retirar Harry do país por questões de segurança - há temores de que ele possa se tornar um alvo para o Talebã. No comunicado, o ministério afirma que a publicação da notícia sobre o envio do príncipe foi "lamentável", mas diz que os planos de contingência já estavam em operação. O ministério disse ainda que Harry retornaria de qualquer forma em poucas semanas, juntamente com seu regimento, mas que a situação "claramente havia mudado". O comunicado informou que a decisão sobre a retirada imediata de Harry do Afeganistão foi tomada pelo chefe das Forças Armadas britânicas, o marechal Jock Stirrup, que também consultou o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, o general Richard Dannatt. "A decisão foi tomada primeiramente com base no fato de que a cobertura da imprensa global sobre a presença de Harry no Afeganistão poderia causar um impacto na segurança dos soldados que estão em serviço, além dos riscos particulares que Harry correria como soldado", afirmou o comunicado. O primeiro-ministro Gordon Brown prestou sua homenagem ao príncipe e disse que a Grã-Bretanha tem uma "dívida de gratidão" pelo serviço prestado por Harry no Afeganistão, mas concordou que é correta a decisão de enviar o príncipe de volta ao Reino Unido. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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