Busca por desaparecidos do desabamento da ponte no Rio Tocantins retorna; 13 mortes são confirmadas

Operação tinha sido interrompida na quinta-feira; nesta sexta-feira, as buscas pelos desaparecidos foram retomadas por meio de mergulhos e drones subaquático. Mais uma vítima foi encontrada.

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Foto do author Isabela Moya
Atualização:

A Marinha retornou, na sexta-feira, 3, com a força-tarefa de busca e resgate às vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. Mais uma vítima fatal foi encontrada.

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A operação com mergulhos e uso de drones subaquáticos havia sido interrompida devido à necessidade de abertura das comportas da usina hidrelétrica operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). Já as buscas através de embarcações e drones aéreos continuam ininterruptamente, informa a Marinha.

“Mergulhadores do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins realizaram a filmagem do momento da inspeção da picape S-10. As imagens evidenciam que não há vítimas no interior do veículo. É possível visualizar o cinto do banco do motorista destravado”, informou a Marinha.

Às 10h30 desta sexta-feira, 3, um corpo foi localizado por drones subaquáticos e resgatado pela Força-Tarefa. Mergulhadores realizaram incursões às proximidades dos destroços da ponte, e trouxeram o corpo à superfície.

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Somadas às vitimas encontradas nos últimos dias, 13 óbitos estão confirmados, dentre os 17 desaparecidos iniciais. Quatro pessoas seguem desaparecidas.

Mergulhadores da Marinha do Brasil trabalham no Rio Tocantins em busca das vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada na BR-226 que separa o estado do Tocantins (TO) do Maranhão (MA). Foto: WILTON JUNIOR

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada sobre o Rio Tocantins, conectava os Estados do Maranhão e Tocantins até o dia 22 de dezembro de 2024, quando desabou no final da tarde, no momento em que diversos veículos transitavam.

Entre os veículos vítimas do desabamento, foram identificados caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. Segundo as análises de qualidade da água do rio feitas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com a participação de vários órgãos ambientais, não há alterações significativas na qualidade da água.

Balsa emergencial para a travessia

A Marinha diz que foi consultada, no dia 30 de dezembro de 2024, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre a possibilidade e disponibilidade de operação de uma balsa portada, de forma emergencial, para fazer a travessia no rio Tocantins de carros de passeios e emergência.

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O órgão diz que “entende o caráter emergencial da análise solicitada e que dará total prioridade a esse assunto”, mas alerta para o cumprimento de requisitos de segurança como:

  • construção de rampas de acesso em cada margem do rio Tocantins, para embarque e desembarque com segurança dos veículos que serão transportados;
  • construção de pontos fixos de amarração, em terra, para que o comboio balsa/empurrador permaneça estabilizado e bem amarrado à margem durante o carregamento/descarregamento
  • preparação de local adequado e próprio para o transporte dos motoristas e passageiros dos veículos transportados, uma vez que não poderão realizar a travessia dentro dos seus automóveis, por questões de segurança;
  • balsa deverá estar dotada de material de salvatagem compatível.

“Até o momento, a Autoridade Marítima não recebeu os documentos necessários que comprovem a observância das obrigações acima descritas”, afirma.

Caminhões, carros de passeio e motos aguardam entre 4 e 5 horas para fazer a travessia de balsa entre as cidades de Porto Franco (MA) e Tocantinópolis (TO). O preço da travessia varia entre R$ 5 e R$ 265. O local se tornou alternativa para motoristas depois da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Tocantins e Maranhão.  Foto: Wilton Junior/WILTON JUNIOR
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