PUBLICIDADE

Cataratas do Iguaçu: trecho de passarela do lado argentino cede após forte vazão de água

Do lado brasileiro, passagem que dá acesso à Garganta do Diabo foi reaberta no sábado após três dias fechada; chuvas deixam seis mortos no Paraná

PUBLICIDADE

Foto do author Renata Okumura
Atualização:

Por causa da segunda maior vazão de água da história das Cataratas do Iguaçu, a passarela do lado argentino ficou parcialmente destruída. Segundo informações do Parque Nacional Iguazú – Argentina, o circuito da Garganta do Diabo permanecerá temporariamente fechado até que seja realizada vistoria e conserto do trecho que cedeu. Como estava bloqueada para visitantes desde a última quarta-feira, 12, em razão dos riscos provocados pelo grande fluxo de água, não havia ninguém na passarela no sábado, 15, no momento em que o incidente aconteceu.

Depois de permanecerem fechadas por três dias, as passarelas do lado brasileiro, próximas às quedas d’água, em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, foram reabertas no sábado, após a realização de vistoria. Assim como o lado argentino, na última quarta-feira, quando a vazão bateu a marca de 11 milhões de litros por segundo, quase sete vezes acima da média, o Parque Nacional do Iguaçu decidiu interditar o trajeto de acesso ao mirante. No sábado, a vazão registrada foi de 8,7 milhões de litros por segundo.

Cataratas do Iguaçu, localizadas no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Foto: Edison Emerson/Cataratas do Iguaçu S.A

As cataratas – do lado argentino e brasileiro – são famosas por terem o título de o maior conjunto de quedas d’água do mundo. O grande volume de chuva que atingiu a região nos últimos dias assustou, mas ao mesmo tempo proporcionou imagens deslumbrantes das paisagens.

Cataratas do Iguaçu, localizadas no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Passarela do lado brasileiro foi reaberta, enquanto o acesso ao Mirante da Garganta do Diabo pelo lado argentino permanece fechado.  Foto: Edi Emerson/Cataratas do Iguaçu S.A

PUBLICIDADE

De acordo com a Metsul, a cheia do Rio Iguaçu aumentou a vazão das Cataratas a níveis raramente vistos nos últimos anos. Na quinta-feira, 13, foi registrada a segunda maior vazão de água, desde o início da medição feita pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), com mais de 16,5 milhões de litros por segundo. Em 2014, foram mais de 47 milhões de litros por segundo, informou a companhia. Em volume menor, em junho deste ano, o fluxo havia alcançado 10,4 milhões de litros por segundo. Conforme a Copel, que faz o monitoramento na região, o volume considerado normal é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.

Já o pior período de seca ocorreu em maio de 1978, quando foi registrada vazão de 114 mil litros de água por segundo. Conforme a MetSul, as medições antes de 1997, quando a Copel deu início a sua série histórica, eram feitas por outros órgãos com dados existentes desde 1949.

Chuvas deixam mortos no Paraná

No Paraná, ao menos seis pessoas morreram em razão das fortes chuvas, entre elas duas crianças. Elas tinham desaparecido em Pato Branco, após o carro em que estavam ser levado por uma corrente de água. Uma pessoa permanece desaparecida.

De acordo com o governo do Paraná, até o momento, aproximadamente 15 mil pessoas foram diretamente afetadas. Conforme último balanço divulgado na tarde de segunda-feira, 17, ao menos 38 municípios foram atingidos por eventos severos que incluíram enxurradas e alagamentos.

Publicidade

Entre as cidades mais afetadas estão Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Verê, Bom Sucesso do Sul, Salto do Lontra, Renascença, Pato Branco, Boa Vista da Aparecida e Boa Esperança do Iguaçu.

Na sexta-feira, 14, o governador em exercício, Darci Piana, decretou situação de emergência nas regiões oeste, sudoeste, centro-sul e sudeste do Estado.

A previsão para esta semana ainda é de chuva no Paraná, com a possibilidade inclusive de temporais. As chuvas, porém, terão menos intensidade do que na semana anterior. O tempo deve ficar mais firme a partir de sábado, 22.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.