VENCER A BATALHA
Os sistemas de saúde nos países africanos atingidos não têm capacidade de lidar com a epidemia. Os centros de tratamento estão lotados e os agentes de saúde correm risco de contaminação.
Nabarro, que foi o coordenador de reação internacional da ONU nos surtos da gripe aviária e da influenza humana, disse que a escala da epidemia do Ebola está dobrando a cada duas ou três semanas.
“Por isso, um bom tratamento em um espaço isolado que permite às pessoas terem uma boa chance de recuperação é uma exigência fundamental”, afirmou. “Para isso, precisamos de pessoas experientes neste tipo de cuidado”.
No mês passado, a ONU criou sua primeira missão concebida especificamente para combater uma crise de saúde pública, a Missão para Resposta de Emergência ao Ebola (UNMEER, na sigla em inglês), sediada em Gana.
“Com certeza iremos vencer esta batalha”, disse Nabarro. “A questão é quando... e se conseguimos minimizar o número de pessoas que perderão suas vidas, ou o dano às economias dos países afetados enquanto isso estiver acontecendo”.
Nabarro disse apoiar a ideia de verificar passageiros de voos provenientes da região africana em questão para identificar indivíduos de alto risco que podem ter contraído o vírus, medida prestes a ser adotada em aeroportos dos EUA, mas que proibir viagens ou isolar as nações com casos de Ebola seria uma abordagem equivocada.
(Reportagem adicional de Angela Moore)