Chacina da Candelária: relembre o massacre no Rio que virou tema de minissérie na Netflix

Capítulos de ‘Os Quatro da Candelária’ estão disponíveis na plataforma; crime ocorreu em julho de 1993. Oito crianças e adolescentes que dormiram em escadaria da Igreja foram mortas por policiais

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Por Redação
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A chacina da Candelária, que completou 30 anos em 2023, virou tema de uma minissérie nacional que estreou na quarta-feira, 30, na Netflix. Trata-se de Os Quatro da Candelária.

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O crime aconteceu na madrugada de 23 de julho de 1993, quando oito crianças e adolescentes que dormiam em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, foram mortas por policiais à paisana.

Mais de 70 crianças e jovens dormiam nas escadarias do local, quando os carros com PMs chegaram. Quatro foram executados ali mesmo. Outro chegou a ser internado e morreu dias depois. Dois foram levados até o Aterro do Flamengo e assassinados. Seis tinham de 11 a 17 anos; havia um de 18 e outro de 19.

Ato no ano passado relembrou 30 anos da chacina da Candelária, no centro da capital fluminense.  Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A minissérie, criada por Luís Lomenha, mostra as 36 horas anteriores à chacina a partir do ponto de vista de quatro crianças que viviam em situação de rua no Rio.

“Enquanto tentam sobreviver nas ruas, quatro amigos buscam apoio uns nos outros e sonham com um futuro melhor. Até que uma tragédia acontece”, resume a descrição apresentada de ‘Os Quatro da Candelária’.

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No ano passado, ato relembrou os 30 anos da chacina da Candelária, no centro da capital fluminense.  Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Com o testemunho de um dos sobreviventes, sete indivíduos - entre policiais militares, ex-policial militar e pessoas civis envolvidos no crime - foram a julgamento. Um deles recebeu sentença de 300 anos de prisão. Mas todos acabaram soltos.

Em 12 de setembro de 1994, porém, Wagner dos Santos, a principal testemunha da tragédia, sofreu mais um atentado. O governo optou, na época, por colocá-lo no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas e, em 1998, ele foi levado à Suíça.

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