Mesmo sete anos depois de Fio de Cabelo ter rendido o primeiro milhão de cópias a Chitãozinho & Xororó e de já ser tocada em rádios urbanas em horário nobre, ainda assim, o antigo Palace (atual Citibank Music Hall), então a mais importante casa de espetáculos de São Paulo, recusava-se a abrir suas portas a dois sujeitos com nomes de passarinho. Empresário da dupla até 11 anos atrás, José Homero Bettio (filho do radialista Zé Bettio, que ajudou a alavancar os garotos no seu tradicional programa de rádio) bancou, em comum acordo com os artistas, o pagamento pelo aluguel do Palace. Resultado? Quatro dias consecutivos de bilheteria esgotada. Só para começar.
Nisso já ia o ano de 1989. Responsáveis por abrir espaço para os acordes rurais no universo que reúne a nata – e os bilhões – do showbizz, os paranaenses de Astorga José Lima Sobrinho e Durval Lima são o alvo de um acertado especial que a Record exibe em duas partes, a partir do próximo sábado. por nobilíssima ocasião: os 40 anos de carreira da dupla.
Nascemos Para Cantar, docudrama de 55 minutos, abre o tributo no dia 25, às 23 horas. Produção da Gullane Filmes, tem direção de Maurício Dias e André Ristum, com Vanessa Gerbelli, Leonardo Vieira e Paulo Gorgulho, além dos meninos Jefferson Alcântara e Giovane Ortega no elenco. Figuras queridas no meio artístico, a dupla é (bem) falada em cena por gente como Daniel, Leonardo, Sérgio Reis, Jair Rodrigues, Zezé Di Camrgo e Luciano, Vitor e Léo, o maestro João Carlos Martins, o veterano Geraldo Meirelles, Pelé e Zuza Homem de Mello, entre outros, Faltaram José Homero e Zé Béttio. Pena. A Gullane informa que procurou ambos para o docudrama, mas não obteve retorno.
Na sexta-feira a seguir, dia 31, de novo às 23h, a Record exibe o show de Chitãozinho e Xororó com as mais diversas duplas do chamado sertanejo universitário, plenamente beneficiadas pelo espaço aberto por José e Durval há algumas décadas.
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