Ciclone no Rio Grande do Sul: Helicóptero resgata morador e cachorro ilhados; veja vídeo

Homem e vira-lata estavam em área alagada no município de Lindolfo Collor; mais de 2,3 mil pessoas precisaram ser resgatadas no Estado

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Por Redação
Atualização:

O resgate de um homem e de um cachorro que estavam ilhados após a passagem do ciclone extratropical pela costa do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 16, expõe o drama dos moradores das áreas afetadas e o desafio das equipes de busca e salvamento. Um vídeo compartilhado pelo governo gaúcho nas redes sociais mostra o momento em que o morador e o vira-lata caramelo são içados de helicóptero por uma equipe da Brigada Militar.

O resgate foi realizado pelo batalhão de aviação da Polícia Militar gaúcha em Lindolfo Collor, município de 6,1 mil habitantes do Vale dos Sinos, a cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre. “Resgate emocionante ocorreu nesta sexta”, dizia a publicação.

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No vídeo, um agente suspenso e com equipamento de proteção deixa o animal dentro do helicóptero e ajuda o morador, igualmente içado, a entrar na aeronave. Abaixo, a área aparece amplamente alagada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 2,3 mil pessoas precisaram ser resgatadas de residências, unidades de saúde e outros espaços inundados, ilhados ou em risco. Foram atendidas mais de 1,5 mil ocorrências.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou neste sábado, 17, ao menos 11 mortes relacionadas à passagem do ciclone extratropical pela costa do Estado. Equipes fazem buscas por desaparecidos. A prioridade neste momento é atender aos moradores ilhados na região metropolitana de Porto Alegre, especialmente no Vale dos Sinos, e no litoral norte.

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De acordo com a Defesa Civil, mais de 2,2 mil desabrigados e 282 desalojados foram atendidos em 39 municípios. Além disso, foram registrados deslizamentos, enxurradas, inundações e quedas de pontes e outras ocorrências que dificultam o acesso a áreas atingidas. Algumas estruturas foram interditadas por risco de colapso.

A Defesa Civil emitiu alerta para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. Moradores de diferentes cidades estão desabrigados, desalojados e ilhados. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido ou afetado.

Mais de 120 mil residências seguiam sem fornecimento de energia elétrica até as 9 horas deste sábado, segundo a CEEE-Equatorial, responsável pelo serviço. Do total, 100 mil estão na Grande Porto Alegre e 20 mil no litoral norte.

Na noite de sexta-feira, o governo Eduardo Leite (PSDB), visitou Maquiné e disse que a prioridade é “encontrar os desaparecidos e salvar pessoas que possam ainda estar ilhadas por causa das inundações”. “Paralelamente a isso, vamos avaliar danos em pontes, estradas e moradias para que possamos atuar na recuperação destas estruturas”, completou, em postagem em rede social.

Morador e cão vira-lata foram resgatados de área ilhada no Rio Grande do Sul Foto: Brigada Militar/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador gaúcho. O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, prometeu a liberação de recursos federais para ajudar os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a recuperar as cidades atingidas. De acordo com o ministro, recursos que estavam disponíveis e não foram utilizados durante a pandemia de covid-19 serão redirecionados aos dois Estados.

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Neste sábado, 17, acompanhado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, e do governador Eduardo Leite, Góes fez um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. Durante o sobrevoo a Caraá, uma das cidades mais atingidas, o ministro disse ao governador que a União ajudará a reconstruir cerca de 50 casas que ficaram destruídas com a passagem do ciclone. O próprio ministro relatou que a situação ainda era grave, com muitas áreas alagadas e estradas interrompidas.

Conforme Pimenta, o ministro Waldez Góes estava se deslocando para o Ceará quando recebeu determinação do presidente Lula para mudar o destino. / COLABOROU JOSÉ MARIA TOMAZELA

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