BRASÍLIA - Um ano e cinco meses depois de ser palco de uma tragédia, o Colégio Goyases mantém até hoje, em sua rotina de aulas e disciplinas, o apoio direto de psicólogos para alunos e pais.
Diretor e proprietário do Colégio Goyases, Luciano Rizzo diz que o atentado de outubro de 2017, que resultou em dois alunos mortos, uma estudante paraplégica e outros três adolescentes feridos, ainda está vivo na memória de todos.
“Estamos atuando com muito trabalho, atenção e carinho. Até hoje, mantemos equipes de psicólogos que estão participando e encaminhando os trabalhos, para tentar minimizar, suavizar uma tragédia como essa”, disse ao Estado.
Ao saber do massacre ocorrido nesta quarta-feira, 13 em Suzano, na Grande São Paulo, que resultou na morte de pelo menos dez pessoas, Luciano Rizzo diz que ficou profundamente tocado pelas notícias. “É um sentimento inexplicável. Todos nós, que passamos por uma tragédia, ficamos impactados, cheio de questionamentos e dúvidas. É preciso se solidarizar com todos os familiares.”
Nesta quinta-feira, o assunto deverá ser tratado pelos psicólogos e professores, que já tinham uma reunião agendada com os pais dos alunos do colégio Goyases. “Essa reunião já estava agendada, porque é parte de nosso planejamento anual. Trataremos de todos os temas, mas esse é um trabalho contínuo. Nesse momento, vivemos uma revisão de nossos sentimentos e de solidariedade.”
O Goyases fica localizado no número 270 da Rua Planalto, no bairro Riviera, região de classe média de Goiânia. Na manhã de uma sexta-feira, 20 de outubro de 2017, um adolescente de 14 anos entrou na sala do 8º ano do colégio Goyases, sacou uma pistola calibre 40 e disparou contra os amigos.
Os adolescentes João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, não resistiram e morreram no local. Outros três alunos, Yago Marques e Marcela Rocha Macedo, de 13 anos, e Lara Fleury Borges, 14 anos, também foram atingidos pelos disparos, mas escaparam com vida. Isadora de Morais, a quarta sobrevivente, ficou paraplégica.
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