Poucas horas de viagem separam os brasileiros de um dos destinos mais interessantes quando o assunto é enoturismo: a Argentina. Além da tradicional qualidade e fama na produção dos vinhos, o país tem um ótimo custo-benefício, mesmo com as mudanças econômicas dos últimos tempos.
Apesar da recente troca de governo e do aumento de preços, principalmente na rede hoteleira e nos restaurantes, a Argentina ainda segue sendo economicamente vantajosa para os brasileiros. Em pequenos empórios e supermercados, é possível comprar vinhos com preços que chegam a ser menos da metade daqueles praticados no Brasil.
Muitos voos partem diretamente de cidades brasileiras para Buenos Aires, mas é a cidade de Mendoza que atrai os amantes do vinho. Na região estão as principais vinícolas do país, com paisagens encantadoras em qualquer época do ano e vinhos de excelência, principalmente feito com uvas malbec, uma marca do país. É possível, inclusive, combinar uma visita à cidade com um roteiro por Santiago, no Chile, a 360 quilômetros de distância – há ônibus e tours ligando as duas cidades.
Para uma imersão completa, considere se hospedar em uma vinícola em Mendoza. A região do Vale do Uco, ao sul da cidade, virou uma área de luxo para o enoturismo, onde vinícolas e restaurantes se transformam em hotéis-butique.
A Casa de Uco Vineyards & Wine Hotel é uma dessas joias da região. O local propõe vivência completa de todo o processo de produção de um vinho – desde a colheita, passando pela visita a uma vinícola-butique até a degustação de rótulos selecionados pelo sommelier da casa. São 320 hectares de extensão – os hóspedes podem inclusive adquirir vinhedos para produzir vinhos personalizados. A hospedagem mínima é de duas diárias, o que custa cerca de R$ 8 mil para o casal.
A hospedagem inclui experiências gastronômicas com inspiração regional. Além disso, até abril, a festa da vindima inclui colheita e pisa da uva, além de harmonização com queijos e vinhos. Custa US$ 150 por pessoa.
Melhor vinhedo do mundo
A The Vines Resort & Spa surpreende pelo visual. Tem piscina com vista para os Andes, vinhedos, uma vinícola aberta exclusivamente para hóspedes e restaurante assinado pelo aclamado chef argentino Francis Mallmann. No Siete Fuegos, também aberto a não hóspedes, há possibilidade de cardápio harmonizado ou momentos descontraídos no bar e na cava. As diárias custam, em média, R$ 4 mil para duas pessoas.
Na mesma região está a premiada Zuccardi Valle de Uco, dona do melhor vinhedo do mundo por três anos consecutivos, segundo a World’s Best Vineyards. Boa parte dos vinhos de montanha da Zuccardi são fermentados e envelhecidos em barris de cimento. Experiências completas podem ser realizadas nas visitas guiadas com horários predeterminados ou no restaurante Piedra Infinita, que tem diferentes opções de menu com nove passos (preços a partir de US$ 150).
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