A estimativa para a safra de soja 2011/12 do país foi rebaixada em março para 68,75 milhões de toneladas, contra 69,23 milhões de toneladas previstas no relatório de fevereiro, apontou levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgado nesta quinta-feira. A redução reflete as condições climáticas adversas, após a estiagem que afetou os principais Estados produtores da região Sul do País, e também parte da região Sudeste e o sudoeste de Mato Grosso do Sul. "A gravidade climática afetou principalmente as lavouras de milho e soja no Rio Grande do Sul e no Paraná, uma vez que se encontram predominantemente nas fases críticas de floração e frutificação", informou a Conab. Na temporada passada, o Brasil, segundo produtor e exportador global da oleaginosa, colheu um recorde de 75,32 milhões de toneladas, segundo a Conab. A estatal estimou a exportação da oleaginosa neste ano-safra em 31,8 milhões de toneladas, contra as 32,4 milhões de toneladas embarcadas no ciclo anterior. A projeção para a safra total de milho foi elevada a 61,7 milhões de toneladas, ante as 60,83 milhões de toneladas estimadas no último relatório. "O incremento se deve à recuperação de parte da lavoura do milho primeira safra e do crescimento do milho segunda safra", informou no relatório. A Conab prevê um aumento de produção para o milho segunda safra de 5,2 por cento, para 3.838 quilos por hectare, fruto dos investimentos em híbridos de alta tecnologia e em maquinário. A projeção para o algodão ficou estável em 2 milhões de toneladas ante o relatório de fevereiro. No ciclo anterior, o Brasil produziu 1,95 milhão de toneladas da pluma. (Por Fabíola Gomes)
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