Um apartamento do condomínio onde mora o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi atingido por uma bala perdida, na manhã deste sábado 23. O apartamento, que teve a vidraça de uma varanda perfurada pelo projétil, é de outro morador e não fica vizinho ao do governador. O dono do imóvel postou as imagens da bala e da vidraça da varanda perfurada pelo projétil.
O caso chegou ao conhecimento do governador e, segundo sua assessoria, a Secretaria de Estado da Polícia Civil foi mobilizada para apurar o ocorrido.
De acordo com o jornal O Globo, o morador compartilhou mensagens no grupo de WhatsApp do prédio alertando sobre o ocorrido. As imagens mostram a janela de vidro da varanda com uma parte estilhaçada, por onde teria passado a bala. O projétil com a ponta amassada também foi exibido pelo morador.
A Barra da Tijuca é um bairro nobre da zona oeste do Rio e faz divisa com a região do Jacarepaguá, onde moradores relataram tiroteios atribuídos a facções criminosas rivais, entre a noite de sexta-feira e a manhã deste sábado. A plataforma Onde Tem Tiroteio, que recebe denúncias sobre esses eventos em tempo real, registrou durante a manhã relatos de tiros em Rio das Pedras, em Jacarepaguá, que é próximo do condomínio.
Conforme a plataforma, a região em volta do residencial de alto padrão tem locais que são frequentemente citados por relatos de rajadas de tiros devido ao confronto entre traficantes e milícias.
Em outubro, os moradores do condomínio criaram um abaixo-assinado pedindo mais segurança no entorno do residencial. O trecho apontado como crítico é a via que liga o BarraShopping e o VillageMall ao condomínio, onde criminosos agiriam armados com fuzis.
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No mesmo condomínio moram ou já moraram, além de artistas e milionários, outros políticos conhecidos como o ex-prefeito e atual deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos). São 57 prédios com 15 mil moradores e apartamentos que chegam a custar R$ 12 milhões, além de um pequeno shopping.
Procurada pela reportagem, a assessoria do governador disse que o caso chegou ao conhecimento do governo e foi pedido à Secretaria de Estado da Polícia Civil que apurasse o ocorrido.
A pasta também foi procurada e ainda não deu retorno.
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