Dois homens em uma moto mataram, por volta das 20 horas da noite desta quinta-feira, na faixa central da pista sentido centro da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, o coordenador dos presídios do Complexo Penitenciário de Bangu, Paulo Roberto Rocha, de 48 anos. Segundo parentes, a vítima voltava para casa, situada no Méier, e dirigia um carro oficial. Paulo Roberto ainda foi levado para o Hospital Carlos Chagas, no bairro de Marechal Hermes, onde morreu. O tiro estilhaçou o vidro traseiro do carro, um Gol e atingiu as costas da vítima, que não usava colete à prova de balas. O colete de segurança estava, ao lado, no banco do passageiro. De acordo com parentes, Paulo Roberto vinha sendo ameaçado há vários meses. Em dezembro de 2002, então diretor do Instituto Penal Esmeraldino Bandeira, em Bangu, Rocha foi atacado por um bando armado quando saía de casa pela manhã. Na ocasião o agente reagiu e levou um tiro de raspão na perna direita. Ele participaria 2ª feira de uma audiência no Fórum, como testemunha no processo sobre a morte de seu irmão, o sargento, da Polícia Militar, Edmilson Antonio Rocha. Nas ameaças, era exigido de Rocha que ele não prestasse o depoimento; motivo pelo qual parentes acreditam que o crime tenha sido encomendado por três traficantes da Favela da Coréia, acusados de ter matado seu irmão. Em setembro de 2000, num crime que até hoje não foi esclarecido, a diretora do presídio Bangu 1, Sidnéia Santos de Jesus, de 46 anos, tida como incorruptível, foi assassinada com vários tiros. Ela estava abrindo o portão da garagem de casa, na Ilha do Governador, zona norte, quando foi baleada.
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