Dilma lança campanha de trânsito para reduzir índice de acidentes e mortes

Ação objetiva conscientizar os motoristas e reduzir acidentes e mortes; atividade integra o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes

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Por Tânia Monteiro - O Estado de S. Paulo

Texto atualizado às 16h35.

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BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff lançou nesta sexta-feira, 21, a campanha "Pela Consciência no Trânsito", em cerimônia Palácio do Planalto, que tem ações para conscientizar os motoristas e reduzir acidentes e mortes. O lançamento da campanha faz parte das ações da Semana Nacional do Trânsito de 2012, que começou na última terça-feira, 18, e vai até o dia 25.

O evento contou com a presença de pessoas que sofreram acidentes de trânsito, esportistas e artistas. Dilma, que discursou na cerimônia de lançamento da campanha de trânsito permanente no Palácio do Planalto, vestia sobre sua roupa uma camiseta que estampava a foto de Rafael, filho da atriz Cissa Guimarães, que perdeu o filho atropelado em julho 2010.

O ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, por sua vez, anunciou que a meta do governo é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020, proposta pela Organização das Nações Unidas. "Precisamos de uma relação de cooperação com a indústria para elevar o padrão de segurança nos nossos automóveis", afirmou a presidente, após lembrar que a maior taxa de mortalidade atinge os jovens e muitos destes acidentes ocorrem com motos.

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Dilma concordou com a fala de Cissa Guimarães, que pediu o endurecimento da penalização de quem mata no trânsito. "Quem comete homicídio não vai para a prisão porque pena de quatro anos não leva ninguém para a cadeia e aí se tem a certeza da impunidade", disse Cissa. Ela pediu ainda "um pacto para acabar com a impunidade, com a sensação de impunidade e com a corrupção, e mobilização dos agentes de trânsito" para reduzir o número de mortos no trânsito.

"Um Airbus de mortes no trânsito cai todos os dias no Brasil", desabafou ela, acrescentando que são 40 mil mortes no trânsito por ano e que isso "é inadmissível". Ao discursar, Dilma citou a fala de Cissa e pregou endurecimento dos penas. Ela afirmou que é preciso haver "correspondência entre a realidade e a legislação" e disse que é "obrigação do governo" fazer este pacto pela redução de mortes. Segundo a presidente, "só é possível fazer esse pacto quando a sua dor for a nossa dor" e isso é necessário para que se "crie padrões de comportamento onde o bom é respeitar regras e o ruim é violá-las" , "para que não sejamos cúmplices" destes mortes.

Dilma disse que o governo federal "está fazendo sua parte" no combate às mortes no trânsito, ao aumentar o número de estradas, de duplicá-las, ao investir em mobilidade urbana em grandes cidades. A presidente pediu ainda o envolvimento dos governos estaduais e dos prefeitos das grandes cidades e dos cidadãos em geral neste pacto para que se possa "exercitar a solidariedade e a prudência" no trânsito.

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