Em sua primeira manifestação sobre o tratamento contra câncer a que se submete a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ela "não tem mais nada" e que continua sua opção para a sucessão presidencial. "Na verdade, a Dilma não tem mais nada, segundo os médicos, e agora precisa fazer o tratamento para que não volte mais a ter a doença. Penso que ela está se comportando profissionalmente do mesmo jeito, e não tem porque fraquejar", disse Lula, segundo a Radiobrás. O presidente ainda brincou: "Espero não vê-la faltar ao trabalho". Na companhia da ministra, Lula cumpre extensa agenda em Manaus (AM). Segundo o presidente, a prioridade de Dilma é cuidar da saúde e, em segundo lugar, trabalhar, até para superar a doença. Em relação à eleição presidencial do ano que vem, Lula reafirmou: "Ela é a minha candidata, mas eu não sou o partido (o PT)". No sábado, ao lado da equipe médica do hospital Sírio Libanês, de São Paulo, Dilma comunicou em entrevista que há cerca de três semanas retirou um gânglio da axila esquerda, diagnosticado como linfoma. Para complementar o tratamento, a ministra fará quimioterapia por quatro meses. Dilma reafirmou em Manaus que não apresenta sintoma da doença. "Do ponto de vista médico, a doença foi curada. Agora, vou fazer o tratamento médico recomendado", disse. Segundo sua assessoria, a ministra continuará em Manaus na terça-feira para participar de reunião com prefeitos, quando vai tratar de obras que estão sendo feitas no Amazonas com recursos do governo federal. Lula estará no Acre para encontro com o presidente do Peru, Alan García. (Texto de Carmen Munari)
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