SÃO PAULO - A Diocese de Joinville anunciou ter afastado o padre Marcos Roberto Ferreira, de 37 anos, suspeito de abusar de cinco meninos em Santa Catarina. De acordo com a instituição, ele está afastado de suas funções religiosas desde o fim de maio, quando o caso foi denunciado pelo pai de uma das vítimas.
"A Diocese de Joinville está à disposição das autoridades competentes, comprometida com a busca da verdade e repudia totalmente a pedofilia", informou a instituição em nota, na qual também diz que abriu uma investigação interna para apurar o caso. O padre está preso preventivamente desde sexta-feira, 9.
O padre teria cometido abusos contra garotos, entre 12 e 14 anos, que frequentavam a Paróquia Santa Paulina, em São Francisco do Sul, e a Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Joinville, para a qual foi transferido em 20 de abril. Ambas estão localizadas em Santa Catarina. Conforme noticiou o Estado, a polícia apurou a existência de pelo menos cinco casos de abusos cometidos pelo padre, que deve responder pelo crime de estupro de vulnerável.
O caso foi descoberto no fim de maio, quando o pai de uma das vítimas recebeu um pedido de ajuda do filho pelo aplicativo WhatsApp, na qual o menino dizia que tinha sido "judiado" pelo padre. Ferreira teria levado o garoto, de 13 anos, e outros quatro menores de idade para dormir no mesmo quarto que ele durante um retiro religioso em Joinville.
Segundo a Diocese, o padre está suspenso de suas atividades até a conclusão das investigações. Caso ele seja declarado culpado pelos abusos, será "demitido do estado clerical". A instituição também reiterou que Ferreira foi transferido de paróquia por "motivos administrativos".
"A transferência não teve nenhuma relação com as denúncias, já que a Cúria não tinha recebido até então nenhum tipo de denúncia ou suspeitas a respeito do referido padre", informou. "Desde que tomou conhecimento dos fatos, a Igreja, de maneira especial a igreja local de São Francisco do Sul, está dando todo o apoio possível e necessário às vítimas, suas famílias e também à família do sacerdote denunciado."
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