Foi sepultado no final de tarde deste sábado, 27, no cemitério municipal São João Baptista o corpo do agente penitenciário Wellington Rodrigo Segura, de 31 anos. Ele era diretor do Centro de Detenção Provisória de Mauá, na Grande São Paulo e foi morto numa emboscada, no final da tarde de sexta no Parque Santista, instantes depois de ter deixado o presídio de carona com Marilene Maria da Silva, diretora de recursos humanos do mesmo local. Marilene recebeu três tiros e foi hospitalizada em estado grave. Segura era agente havia nove anos e desde fevereiro do ano passado dirigia o presídio de Mauá, com uma atuação linha dura, conforme o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, Cícero Sarney. O dirigente sindical conta que Segura vinha recebendo ameaças não identificadas, supostamente de membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que age dentro e fora dos presídios de São Paulo. O tio Waldir Soalheiro Segura suspeita do crime organizado e diz que espera pela punição da morte de seu sobrinho. O agente assassinado era o mais velho de três irmãos e o único filho homem do major da reserva da Polícia Militar, Wanderley Soalheiro Segura, com serviços prestados à Polícia Ambiental. A filha caçula é estudante e a outra, Renata Segura é soldado PM em Presidente Prudente. Segura era casado com Lucimara Françoso e deixa órfã uma menina com pouco mais de um ano. Sua morte causou consternação em Presidente Prudente, cidade com pouco mais de 200 mil habitantes. Dirigentes do sindicato da categoria devem realizar protesto no próximo final de semana, cruzando os braços e, com isso, impossibilitando a visita de familiares aos presidiários em todo Estado. Sem agente não há revista. Sem revista não tem visita.
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