A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou nesta segunda-feira, 19, operação contra um grupo suspeito de furto de armas de fogo em uma loja de Ceilândia, no Distrito Federal. Foram presos quatro suspeitos do furto e detido o dono da loja, suspeito de fraude – ele teria relatado um número maior de armas subtraídas, tentando tirar proveito da situação, e as vendido de forma ilegal antes de o furto acontecer. As identidades dos suspeitos não foram reveladas, por isso não foi possível localizar as defesas.
“A PCDF descobriu que os autores (do furto) iniciaram os preparativos para o crime em maio, culminando, entre os dias 8 e 9 de junho, com a execução do furto. O grupo, composto por pelo menos quatro pessoas, alugou um imóvel adjacente ao estabelecimento e utilizou documentos falsos para realizar o crime”, informou a polícia.
Os suspeitos de furto - uma mulher de 33 anos e três homens, de 35, 39 e 68 anos - teriam aberto buracos na parede do imóvel alugado para acessar a loja de armas. Eles foram presos sob a acusação de arrombamento e furto. Apenas um deles tinha antecedentes criminais, tendo respondido por crimes contra vida e patrimônio antes.
Dono da loja teria tentado manipular o curso das apurações
O dono da loja de armamentos, de 33 anos, também foi detido nesta segunda, por suspeita de fraude processual e envolvimento no comércio irregular de armas de fogo, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal. Durante as investigações, foi descoberto que ele vendeu as armas de maneira ilícita antes do furto e posteriormente as declarou como roubadas.
“Inicialmente, a loja relatou à polícia o desaparecimento de 76 armas de fogo. No entanto, as investigações revelaram que o proprietário do estabelecimento tentou manipular o curso das apurações, registrando um número falso de armas supostamente subtraídas.”
“A fraude processual foi identificada e, mesmo com a tentativa de engano, a polícia confirmou que o furto de armas ocorreu, ainda que em menor escala do que o relatado.” O número de armas furtadas não foi revelado pela autoridade policial.
O empresário não tinha passagem pela polícia e, até o momento, não foram identificados vínculos entre ele e os suspeitos do furto das armas, conforme a polícia.
A operação, nomeada como “Operação Illusion”, envoveu a execução de 12 mandados de busca e apreensão. Armas de fogo, munição e acessórios em posse do empresário foram apreendidos “para evitar que fossem comercializados ilegalmente”.
Os investigados responderão por crimes de falsificação de documentos, uso de documentos falsos, furto qualificado, comércio ilegal de armas de fogo e associação criminosa. As penas para esses crimes variam de um a 12 anos de reclusão.
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