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Memória, gente e lugares

BB King tocando sem parar

Com peso desvalorizado, compensa muito mais ir a Buenos Aires para ver o mestre do blues

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Foto do author Edmundo Leite
Atualização:
BB King. Foto: BBKing.com

Hoje tem BB King a R$ 950 no Bourbon Street. Ainda há ingressos disponíveis. Para os shows do  fim de semana na (ou no?) Via Funchal, a R$ 200 a R$ 600, li que os bilhetes estão esgotados. Nas apresentações no Rio, BB King esbanjou bom humor.

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Para quem tiver tempo e dinheiro, há um opção que pode sair mais vantajosa: assistir ao mestre do blues e ainda passear por Buenos Aires. Por causa da desvalorização da moeda argentina em relação ao real, o ingresso mais caro lá sairá por um pouco mais que o ticket mais barato daqui.

De acordo com a cotação levantada em uma casa de câmbio aleatória ($ 0,54 + 0,38% de IOF), os 495 pesos de um ingresso na platéia VIP de lá equivalem a cerca de R$ 270.

Preços de shows de BB King em Buenos Aires. Foto: Luna Park

Lá, o show será no Luna Park, um ginásio que fica bem no centro da capital, pertinho da Praça de Maio e da Casa Rosada, sede do governo, e outros pontos turísticos. Os shows acontecerão  na quarta e quinta-feira da semana que vem (24 e 25/3). Pesquisando, ainda dá tempo de achar algum pacote promocional que faça a viagem valer a pena.

Deixando a questão do preço dos ingressos, assunto já discutido na estreia  do blog, os shows de BB King trouxeram à lembrança a extinta banda Brylho.

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Formada por Claudio Zoli (guitarra e voz), Arnaldo Brandão (contrabaixo e voz), Paulo Zadanowski (guitarra) e Robério Rafael (bateria), a banda é responsável por um clássico dos anos 80, o hit “Noite do Prazer”.  Aquela que começa com “A noite vai ser boa, de tudo vai rolar...” e tem o ápice com a citação ao guitarrista americano “...na madrugada a vitrola rolando um blues, tocando BB King sem parar...”

Num dos mais famosos casos de “virumdum”, o nome do mestre do blues sumiu quando a música caiu na boca do povo, que cantava “trocando de biquini sem parar...” Mesmo quem sabia cantar certo, costumava cantar a versão nonsense para fazer graça. Mas tinha gente que, até mesmo repetindo a canção várias vezes no gravador, não conseguia de maneira alguma ouvir o nome do blueseiro.

Independente do gracejo, a música é sensacional. Dançante, sacana, insinuante e hedonista. Foi o único sucesso do grupo que ficou, mas o  disco de 1983, relançado em CD remasterizado na série Arquivos Warner e ainda encontrável por aí, tem outras músicas ótimas, como “Pé de Guerra”,   “171″, além das divertidas “Cheque sem fundos” e “Jane e Julia”.

Postado ouvindo Brylho sem parar.

# Discos do Brylho no Mercado Livre

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