.
Quando os focas receberam a missão de encontrar um personagem em pleno Parque do Ibirapuera de feriado, eu tinha duas coisas em mente: o Museu Afro Brasil, com belíssimas exposições da cultura negra; e o planetário, com ingressos esgotados para todas as sessões do dia. Para a minha infelicidade, nada entre oguns e iemanjá; e ninguém disponível no concorrido simulador de céu de interior.
.
Acabei conversando com três praticantes de kenjutsu, a arte samurai da espada, que treinavam devidamente paramentados em meio às árvores colossais. "Não é o melhor, mas é o que tem", consolei-me na sabedoria popular. Foi quando um quarto participante se aproximou da roda. Nos apresentamos. Era João Paulo Delicato, diretor dos planetários de São Paulo e da Escola Municipal de Astrofísica. Um samurai que queria ser astronauta. Habemus papam!
..
Rafael Abraham, de 24 anos, cursa o último ano de Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo (Umesp)
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.