Rio - A tradicional entrega da chave do Rio no Carnaval foi diferente neste ano de pandemia: em vez do Rei Momo, quem a recebeu das mãos do prefeito Eduardo Paes (DEM) foram duas profissionais de Saúde do município. A cerimônia no Sambódromo nesta sexta-feira, 12, também marcou a apresentação das luzes especiais que vão iluminar a avenida até o outro sábado, quando ocorreria o Desfile das Campeãs.
Até lá, a Marquês de Sapucaí e a Apoteose ganharão todas as noites as cores das escolas de samba da cidade, que revezarão de dez em dez segundos. Segundo a Prefeitura, manter o templo do samba carioca aceso é também uma forma de homenagear as vítimas da covid-19, especialmente as do mundo do Carnaval.
“Não vai ter Carnaval porque a gente quer salvar vidas. Não vai ter Carnaval porque a gente precisa preservar vidas. Não vai ter Carnaval porque quem amamos e até os que não conhecemos não podem ficar expostos a essa doença que, infelizmente, matou no mundo uma quantidade enorme de pessoas. Essa também é uma homenagem a todas essas vidas perdidas”, disse Eduardo Paes.
Apesar de a festa estar cancelada, a possível existência de eventos clandestinos preocupa o Executivo. Foi montado um plano para combater aglomerações, envolvendo bloqueios, ações da Guarda Municipal e apoio de outros órgãos, além de monitoramento 24 horas do Centro de Operações Rio. O descumprimento de regras pode gerar multas por infrações sanitárias.
A Prefeitura do Rio também afirma que blocos ou agremiações que desobedecerem as normas serão descredenciados do Carnaval do ano que vem.
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