SÃO PAULO - O avião com 136 militares de Jerusalém, em Israel, pousou por volta das 21h20 deste domingo, 27, no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Os soldados foram recepcionados pelo governador de Minas Gerais,Romeu Zema (Novo), e pelo Secretário de Segurança Pública do estado, General Mário Araújo. O governador irá se reunir com o grupo ainda nesta noite para planejar os trabalhos que devem começar nesta segunda-feira, 28.
Os militares irão ajudar nas buscas por vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, onde até o momento 58 mortes foram confirmadas. Junto com o grupo, vieram cerca de 16 toneladas de equipamentos. Um deles são os sonares, usados em submarinos para localizar pessoas em grandes profundidades. O aparelho tem detectores de vozes e possui alta qualidade de recepção de imagens.
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A equipe também traz equipamento usados para avaliar a situação das outras barragens do complexo da Vale em Brumadinho. O objetivo é verificar o risco das instalações. Há ainda um equipamento que detecta variações de temperatura e poderá ser usado na busca por vítimas. A equipe é formada por médicos, socorristas e especialistas em resgate.
A operação foi coordenada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu com apoio de Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil.
Após sobrevoar a área da trágédia, na manhã de sábado, 26, o presidente anunciou a parceria com Israel apra localização das vítimas.
Um dos principais articuladores da parceria foi o empresário Fábio Wajngarten. Ele intermediou as conversas de Shelly com o Palácio do Planalto, ainda enquanto Bolsonaro voava para Brumadinho na manhã de sábado. O embaixador estava no seu país acompanhando a visita do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. Wajngarten entrou em contato com ele e contou sobre o que tinha ocorrido em Brumadinho.
Após o sobrevoo, o primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, conversou por telefone com o presidente oferecendo homens e tecnologia para ajudar a lidar com o desastre. Wajngarten é presidentedo Hospital Hadassah de Jerusalém no Brasil e membro do board internacional do hospital.
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