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A fala capacitista de Lula e o abandono de políticas de inclusão

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Por Gustavo Lopes Alves

Nesta semana, durante o programa "Conversa com o Presidente", Lula destilou preconceito em uma fala que atinge pessoas com deficiência. O petista fará, nesta sexta-feira (29), uma artroplasia total de quadril para aliviar dores em decorrência de uma artrose. Será instalada uma prótese na cabeça do fêmur direito.

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Médicos querem que o presidente use uma muleta ou um andador para se recuperar. Perguntado sobre o assunto, Lula disse: "O [fotógrafo Ricardo] Stuckert não quer que eu ande de andador, já falou que não vai me filmar de andador. O que significa que vocês não vão me ver de andador ou muleta. Vocês vão me ver sempre bonito".

A fala gerou diversas reações de entidades e representantes de pessoas deficientes. A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que é tetraplégica, classificou as declarações de Lula, que atrelou a ideia de beleza ao não uso de muletas ou andador, como uma "fala capacitista".

De acordo com os dados mais recentes do IBGE, de 2022, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência. Esse número representa 8,9% de toda a população brasileira a partir de dois anos de idade.

Afinal, o quanto a fala capacitista de Lula demonstra o preconceito enraizado na sociedade brasileira? Como isso prejudica a luta por mais direitos das pessoas com deficiência? No 'Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o autor do blog 'Vencer Limites', no Estadão, e colunista da Rádio Eldorado, Luiz Alexandre Souza Ventura.

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O 'Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.Apresentação: Emanuel Bomfim

Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Laís Gottardo

Sonorização/Montagem: Moacir Biasi

 

 
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