Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado nesta quarta-feira, 09, após um comício da sua campanha, na capital do país, Quito. Em recentes pesquisas eleitorais, Villavicencio aparecia no quinto lugar na corrida eleitoral do país sul-americano. As eleições do Equador devem ocorrer no próximo dia 20.
Dias antes do ataque fatal, Villavicencio revelou que havia recebido diversas ameaças por telefone, mas, apesar disso, o candidato continuou com sua campanha política, depois de apresentar uma queixa à Procuradoria Geral da República.
As ameaças foram feitas por causa da proposta de tratar com "mão de ferro" o narcotráfico no Equador. Quem reivindicou o ataque foi a facção Los Lobos. O grupo é considerado a segunda maior organização criminosa do Equador envolvida com o tráfico internacional de cocaína, ligada ao cartel mexicano.
O assassinato do político ocorre em um momento de tensão no país, que sofreu uma escalada da violência nos últimos dois anos devido às ações das gangues. Assassinatos, homicídios, extorsões, ataques com explosivos, entre outros crimes, passaram a ser cada vez mais comuns no Equador, e fundamentalmente em Quito, gerando terror entre a população.
O Itamaraty se manifestou ainda na noite de quarta-feira, em nota declarou profunda consternação com o ocorrido, prestou condolências e afirmou que espera que todos os responsáveis sejam identificados e levados à Justiça.
Afinal, como o assassinato mexe com a corrida eleitoral no Equador? Há chances do país superar as constantes crises políticas e institucionais? No 'Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com o professor de Relações Internacionais da ESPM Porto Alegre, Roberto Uebel.
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg e Gabriela Forte
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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