Guerra territorial entre milícia e tráfico e a sucessão de más administrações públicas torna cenário calamitoso no Estado
O Rio de Janeiro viveu momentos de terror na última segunda-feira, 23, quando 35 ônibus e um trem foram incendiados em represália à morte de um miliciano. A onda de violência no Estado é pauta constante nos noticiários e coloca a população civil à mercê de disputas territoriais entre a milícia e o tráfico.
No mês passado, em outro caso que chocou o País, três médicos foram mortos a tiros na Barra da Tijuca. Segundo as investigações preliminares, a execução promovida por criminosos foi "acidental", já que uma das vítimas teria sido confundida com um miliciano da zona oeste da cidade.
Soma-se a este cenário de caos na segurança pública do Rio a tragédia que se abate sobre crianças e adolescentes: 24 foram mortos por armas de fogo somente neste ano.
Sobre os ataques ao transporte público da última segunda, o governador do Rio, Claudio Castro (PL), declarou que a polícia "não vai sossegar" enquanto não prender os três maiores milicianos do Estado, conhecidos pelos apelidos de Zinho, Tandera e Abelha.
O presidente Lula disse nesta terça-feira que o Brasil "tem um problema crônico no combate ao crime organizado" ao comentar a série de ataques a ônibus no Rio. Ele disse ter conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, e que vai conversar com o da Defesa, José Múcio, para usar a estrutura dessas pastas no combate ao crime organizado e à milícia no Estado.
Afinal, o que explica o fracasso da segurança pública no Rio? Existe perspectiva de reocupação dos territórios pelas forças do Estado? A estratégia de combate à criminalidade do governador Cláudio Castro é meramente midiática e populista?
Na edição desta quarta-feira (25), o 'Estadão Notícias' debate o assunto com o antropólogo, membro do Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e ex-chefe do Estado Maior da PM do Rio, Robson Rodrigues.
(Foto: Pedro Kirilo/Estadão)
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Apresentação: Emanuel Bomfim
Produção/Edição: Jefferson Perleberg, Adrielle Farias, Gabriela Forte e Iraci Falavina
Sonorização/Montagem: Moacir Biasi
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