O médico Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque a tiros na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, que resultou na morte de três colegas de profissão, se pronunciou pela primeira vez desde o ocorrido. “Pessoal, estou bem, viu?”, disse em vídeo compartilhado nas redes sociais nesta sexta-feira, 6, pela jornalista Lu Lacerda. O quadro de Daniel permanece estável. “Só algumas fraturas, mas vai dar certo.”
Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira, 5, em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca. Diego é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que cobrou apuração do caso e se disse “devastada” com a notícia.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga as mortes. Como mostrou o Estadão, a principal hipótese da polícia para a motivação do assassinato é que um dos profissionais pode ter sido confundido com um miliciano. Momentos antes do ataque, a Polícia Civil do Rio interceptou conversa telefônica que corrobara com essa linha investigativa.
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Sobrevivente do ataque, Daniel Sonnewend Proença gravou depoimento em vídeo. “Pessoal, estou bem, viu? Está tudo tranquilo, graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. A gente vai sair dessa juntos, tá? Valeu pela preocupação, obrigado”, disse. Segundo informações do g1, o médico foi baleado 14 vezes. Ao menos 33 disparos foram efetuados durante o ataque.
Em nota, o Hospital Samaritano Barra, da rede Americas, afirma que Daniel foi admitido por transferência do hospital municipal. “O paciente chegou a unidade no início da noite de quinta-feira. No momento, encontra-se lúcido, orientado e respira sem o auxílio de aparelhos. Seu quadro de saúde é estável”, disse.
Investigação
Na noite de quinta-feira, 5, a Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro corpos. A suspeita é que ao menos dois deles seriam de suspeitos de envolvimento no ataque. Três corpos foram localizados dentro de um veículo na Rua Abrahão Jabour e outro em um segundo veículo, no bairro Gardênia Azul. A hipótese é que os assassinatos teriam ocorrido a mando do crime organizado.
Por determinação do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e do delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, a Polícia Civil de São Paulo enviou duas equipes para auxiliar nas investigações no Rio. Em paralelo, também está em andamento uma investigação por parte da Polícia Federal, segundo determinou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.