A escola estadual Lauro Sodré foi invadida por um grupo de estudantes em protesto durante a realização da prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Eles defendiam um boicote ao Enade, forçaram o portão de entrada da escola e, dentro das salas onde 400 alunos faziam a prova, distribuíram adesivos com os dizeres "Zero ao Enade". Na escola Augusto Meira, os manifestantes foram impedidos de entrar pela segurança, mas ficaram na frente do prédio, gritando palavras de ordem e impedindo a entrada dos alunos. O coordenador do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Pará, Fabrício Gomes, disse que o boicote ao Enade deu certo. "Muita gente aderiu ao protesto e não fez a prova. Somos contra o conteúdo da prova e a falta de regionalização, como por exemplo o horário do exame", disse Gomes. A prova começou às 13 horas de Brasília e ao meio-dia de Belém. O diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do MEC, Dilvo Ristoff, explicou que o exame serve tanto para quem está terminando o curso como para quem está nele ingressando. "Comparamos o que de fato acontece ao estudante durante o curso, se ele aprendeu realmente e se ainda precisa aprender mais. É uma forma de acompanhar esse crescimento", resumiu Ristoff.
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