Fim do DPVAT é aprovado no Congresso: como fica a situação agora?

Lei que instituiu a volta do seguro obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito havia sido sancionada por Lula em maio, mas agora vira alvo no Legislativo

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Por Redação
Atualização:

A Câmara e o Senado aprovaram nesta semana a revogação da lei que instituiu o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), o antigo DPVAT. O texto agora segue para a sanção. Se a proposta for confirmada pelos senadores e sancionada pelo presidente Lula (PT), não haverá a volta da cobrança. Veja abaixo o que você precisa saber sobre o assunto:

O que é o SPVAT?

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O SPVAT é a sigla do Seguro para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito, e voltaria a ser cobrado anualmente de todos os donos de veículos automotores. O valor varia conforme o tipo de veículo, sendo corrigido todo ano. Ele substituiu o DPVAT, que tinha a mesma finalidade, e foi extinto em 2020.

Ao todo 21 Estados – entre eles São Paulo – e o Distrito Federal tinham definido que não cobrariam o SPVAT (antigo DPVAT). A lei, porém, determina que o pagamento do valor é obrigatório e a não quitação impede licenciar o veículo. Ou seja: a recusa dos gestores estaduais tem apenas efeito político. Na prática, ela só muda a forma como o proprietário do veículo terá de pagar o imposto - caso a medida não seja revogada.

Trânsito pelas ruas da capital. Na foto Marginal do Rio Tietê, na altura da ponte da Vila Maria. Foto: tiago queiroz

Quando a volta do seguro foi sancionada?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em maio a lei complementar que estabelece a cobrança do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), recriando o antigo Danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT).

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Quando ele foi revogado?

Em votação nesta quarta,18, a Câmara aprovou a derrubada do seguro após embate entre os deputados. A medida tinha sido incluída na terça-feira, 17, pelo relator do projeto, deputado Átila Lira (PP-PI), mas foi retirada. Depois, retornou e foi aprovada. O governo fechou acordo para garantir o avanço do pacote de corte de gastos no Congresso.

O que acontece agora?

O texto segue para o Senado. Se a proposta for confirmada pelos senadores e sancionada pelo presidente Lula (PT), não haverá a volta da cobrança.

Qual é o valor do SPVAT?

O cálculo do valor leva em conta a estimativa das indenizações que deverão ser pagas, além das despesas necessárias para o funcionamento da operação e os repasses previstos. As condições referentes ao pagamento estavam previstas para ser definidas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) até o final deste ano. A estimativa é de um custo entre R$ 50 e R$ 60 por ano.

Para quando estava previsto o pagamento?

A Caixa Econômica Federal aguardava o CNSP definir as datas de vencimento anual do SPVAT, estabelecer e divulgar os valores anuais até o último dia útil deste ano. Nos Estados que aderiram à cobrança, que não é o caso de São Paulo, o seguro deveria seguir o calendário de pagamento da cota única do IPVA. Nos estados que se recusaram, a emissão da guia de pagamento seria feita diretamente pelo proprietário do veículo nos canais oficiais da Caixa.

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O que acontece se o seguro não for pago?

A quitação do SPVAT, pela lei atual, é condição necessária para obter o CRLV, documento de porte obrigatório que comprova o licenciamento anual do veículo, bem como para transferência e baixa do veículo. Quem não paga o seguro não consegue fazer o licenciamento e fica sujeito a uma multa de R$ 293,47, além de sete pontos na CNH do proprietário. Não havendo regularização, há remoção do veículo

Qual a finalidade do SPVAT?

O dinheiro arrecadado seria destinado para as vítimas de acidentes de trânsito, independentemente do tipo de veículo, de quem foi a culpa e do local onde aconteceu. O seguro garante cobertura em todo o Brasil.

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