BRASÍLIA — O incêndio no Parque Nacional de Brasília, que começou neste domingo, 15, encobriu a capital federal de fumaça durante a madrugada e manhã desta segunda-feira, 16. Como resultado, escolas - especialmente aquelas situadas próximo ao parque, na região da Asa Norte - suspenderam aulas. A Universidade de Brasília (UnB) também optou por não realizar atividades presenciais.
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Em razão da queimada, é possível avistar pessoas usando máscaras para evitar a inalar a fumaça, que até dificultou a vista de quem transitava pelas ruas no começo da manhã.
A Secretaria da Educação do Distrito Federal permitiu que escolas próximas às áreas afetadas tenham autonomia para suspender as aulas caso identifiquem riscos à saúde dos alunos. Até o momento, o CEF 306 Norte, o Centro de Ensino Médio da Asa Norte (CEAN), o CEM Paulo Freire, na 610 Norte e o Centro de Ensino Fundamental 1 do Lago Norte (CELAN) suspenderam as aulas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobrevoou o Parque Nacional no domingo e reuniu-se com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, nesta segunda para tratar das mudanças climáticas e dos incêndios que assolam o Brasil.
A queimada na região perdura. Na noite da segunda-feira, há 493 combatentes, sendo 26 brigadistas do ICMBio; 400 militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal; 6 brigadistas do Prevfogo e 11 brigadistas do Instituto Brasília Ambiental.
Até agora, a área atingida pelo incêndio é de 2 mil hectares no interior do Parque, com quatro frentes de combate. Há três aeronaves que atuam no monitoramento das áreas incendiadas.
Segundo o CBMDF, o fogo é considerado de “grandes proporções”, mas está sob controle. Os combatentes, porém lidam com cautela, muito em razão do clima seco e demais circunstâncias climáticas.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar as causas do incêndio que atingiu o parque. As investigações já estão em andamento.
No domingo, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou uma série de medidas a serem adotadas pelo governo federal para conter a devastação em biomas como a Amazônia e o Cerrado. Entre elas, a abertura de crédito extraordinário, fora do arcabouço fiscal, para fazer frete à devastação. Essa pauta, aliás, foi defendida pela ministra Marina Silva em audiência no Senado há duas semanas.
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