Garçom perde a consulta da filha

A consulta com o pediatra de Aryadne estava marcada para as 9 horas. Mas às 8h30, o garçom Adilson Silvério e a filha ainda estavam bem longe do consultório, na Lapa, zona oeste, em um ônibus parado no trânsito na Ponte Atílio Fontana. "Saí de casa às 7h30, na Vila Jaraguá, e o trânsito parou próximo da Vila Jaguara."Cansado de esperar no ônibus já desligado, o garçom decidiu caminhar até um local mais próximo do médico. "Andamos três quilômetros e pegamos outro ônibus imaginando que o trânsito melhoraria. Esse segundo trecho foi rápido em comparação com o primeiro coletivo. Duro foi atravessar a ponte (Atílio Fontana)", disse.Mesmo após a caminhada, pai e filha não tiveram sorte. "Chegamos às 11h30 e a doutora tinha ido embora. Fui obrigado a remarcar a consulta. Uma pena, eu tirei o dia para resolver isso. Tenho outras coisas para fazer em casa e perdi o dia no trânsito."Silvério afirma que o percurso entre a sua casa e o consultório é feito em 40 minutos de ônibus. Ontem, ele e a filha conseguiram chegar em casa às 14h30 ? sete horas depois de terem saído para o médico. Ele não sabia se poderá acompanhar a menina na próxima consulta. "Remarcamos para hoje (ontem) à noite, mas se estiver chovendo... Acho que não vou arriscar", disse o garçom, já temendo um novo temporal.