Golpes pelo WhatsApp: o que fazer se for vítima? Veja orientações

Bloqueio e registro do caso são ações recomendadas por especialistas e pelo aplicativo em caso fraudes

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Foto do author Rariane Costa
Atualização:

Mesmo tomando todos os cuidados e estando atentos às ações suspeitas, a possibilidade de cair em um golpe pelo WhatsApp ainda existe. As medidas preventivas são indispensáveis, mas para casos em que o golpe é efetivado, alguns passos que contribuem na investigação da Polícia Civil devem ser imediatamente tomados.

  • bloqueie o contato: encerre a comunicação com o possível golpista bloqueando o contato no WhatsApp;
  • denuncie no aplicativo: reporte as atividades ao WhatsApp para que a plataforma possa tomar as medidas adequadas;
  • acione a Polícia Civil: registre um boletim de ocorrência, é possível fazer de forma online pelo site da Polícia Civil;
  • comunique familiares e amigos: a comunicação rápida evita que outras pessoas acreditem nos pedidos feitos pelos golpistas e também se tornem vítimas.

Caso já tenha caído em alguma atitude golpista, o aplicativo orienta as seguintes ações.

  • solicitar a verificação da conta via SMS: no WhatsApp, entre com seu número de telefone e confirme o código de seis dígitos que você receberá via SMS. Dessa forma, qualquer pessoa que estiver usando sua conta será desconectada automaticamente;
  • entrar em contato com a equipe de atendimento do WhatsApp: acesse o link e envie uma denúncia de conta roubada, por exemplo. Inclua o número da sua conta de WhatsApp em formato internacional (+55 e DDD) e descreva o ocorrido com o máximo de detalhes possível.

Prevenção

Os principais golpes são populares, mas ainda assim efetivos já que com os avanços tecnológicos cada vez mais camadas dificultam a identificação do que é ou não verdadeiro. “Isso vai, inclusive, se intensificar com a inteligência artificial, por exemplo. O fraudador vai tentar mascarar, além de mensagens de texto, mensagens de voz e vídeos”, é o que indica Thiago Chinellato, delegado da Divisão de Crimes Cibernéticos do Deic, em São Paulo.

Aplicativo oferece orientações sobre o que fazer em caso de golpe Foto: Aleksei - Adobe Stock

No Brasil, os golpes e fraudes aplicados via WhatsApp seguem o princípio do que é chamado engenharia social. Segundo o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT-BR), o termo é usado quando uma pessoa tenta convencer outra a executar ações que a levam a fornecer informações ou seguir passos que facilitem a efetivação de golpes.

“Nada mais é do que pessoas enganando outras. Se aproveitam da ingenuidade ou da vontade que a pessoa tem em obter uma vantagem, isso é muito cultural no Brasil”, afirma Domingo Montanaro, especialista em segurança digital, professor adjunto na FGV, Insper e USP.

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Segundo o especialista, entre os principais golpes que se utilizam desse mecanismo, estão:

  • benefícios e promoções falsas: os golpistas oferecem benefícios financeiros ou promoções em produtos com valores muito abaixo do praticado em lojas reais. Ao realizar o pagamento do produto ou das supostas taxas que geralmente são cobradas, a pessoa não recebe nenhum retorno prometido.
  • links falsos: links de notícias, vendas, conteúdos que ao serem acessados pelo usuário facilitam a invasão e roubo de dados.
  • clonagem de conta: Os criminosos usam os dados do WhatsApp para se passar pelo usuário, seja por meio do roubo do celular ou por uma técnica chamada SIM swap. Nesse caso, criminosos conseguem um chip com o mesmo número do usuário e usam a recuperação de conta via sms. Depois disso, eles conseguem clonar a conta no aplicativo. A partir dali observam as interações, já que conseguem acesso a grupos, e começam a solicitar empréstimos em dinheiro.
  • conta falsa: os criminosos criam uma conta no WhatsApp com foto e nome de outra pessoa. A partir de informações sobre o ciclo social do usuário, geralmente obtido por vazamento de dados ou até mesmo por postagens em redes sociais, enviam mensagens dizendo que se trata de um novo número de telefone da vítima e, novamente, solicitam transações em dinheiro.
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