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Greenpeace: ações contra desmatamento pouco avançaram

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Por AE

Uma análise feita pela ONG Greenpeace divulgada ontem indica que o plano de desmatamento desenhado pelo governo há quatro anos pouco caminhou desde o seu lançamento. Menos de um terço (10) das 32 ações estratégicas previstas em 2004, quando o plano foi lançado, foi implementado até julho de 2006 - entre elas, apenas três dentro do cronograma. Onze foram parcialmente executadas e 11 nem saíram do papel. As ações são desmembradas em 162 atividades em três eixos. O primeiro, ordenamento fundiário e territorial, apresenta a maior taxa de sucesso: metade foi executada. Já o zoneamento ecológico-econômico (ZEE), preparado pelo governo federal, não é usado para formular políticas de desenvolvimento na Amazônia, lembra Marquesini. O mesmo acontece com modelos de mudança no uso da terra, de acordo com diferentes políticas públicas. A atividade foi executada; o trabalho, pouco ou nada aplicado na prática. O Greenpeace afirma que, das sete ações estratégicas, apenas duas foram executadas. ?O plano não é de todo ruim, mas precisa ser totalmente implementado e aprimorado?, afirma Marquesini. ?É preciso adotar uma meta de redução da taxa do desmatamento. O Bolsa Família tem meta. A reforma agrária também. Para o desmatamento, não há meta real.? O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, afirma que a meta do governo federal é ?desmatamento ilegal zero? - ainda que no plano a questão apareça como alvo de desestímulo, não de eliminação. ?Está tudo perfeito? Claro que não. Mas a responsabilidade do governo é bastante clara, de redução e controle do desmatamento, e estamos trabalhando para estimular uma transição para a legalidade?, diz Capobianco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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