Um grupo de 123 crianças haitianas chegou ontem a uma base aérea de Eindhoven, na Holanda, como parte de um programa de adoção para os órfãos do terremoto do dia 12. A iniciativa teve início ainda antes da tragédia, mas foi acelerada depois que o orfanato onde as crianças viviam, em Porto Príncipe, foi parcialmente destruído.A Unicef advertiu que a adoção de crianças haitianas por famílias estrangeiras deve ser considerada apenas um último recurso. Para a Unicef, deve ser dada prioridade à permanência dos órfãos em seu país de origem e sua adoção por parentes próximos deve ser incentivada como meio de facilitar a readaptação.O ministro da Justiça da Holanda, Ernst Hirsch Ballin, declarou ter acelerado o processo de adoção diante da situação alarmante do Haiti e garantiu que toda a operação foi feita com consentimento das autoridades haitianas. Entre as crianças que chegaram à Holanda, 92 serão adotadas por famílias locais e o restante por casais de Luxemburgo. Esta semana, autoridades americanas declararam que o país analisará individualmente os pedidos de adoção.
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