Como diz a marcha: 'Este ano não vai ser igual àquele que passou...' Ideal é ficar em casa
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Por Marcelo Rubens Paiva
Bato ponto nas lojas de suco do Leblon desde a infância. Certa vez, era madrugada, batia aquele lanche usual, quando pela TV, que transmitia o desfile da Sapucaí, vimos entrar a Mangueira. Muita gente que passava na rua parou e bateu os olhos na TV. Gente começou a se acumular no balcão. A Verde e Rosa desfilava, e todos paravam para ver.
Essa magia não tem explicação racional. Passa pela alma, fantasia, memória. Todos precisam checar como foi o desfile da Mangueira. Todos precisavam checar como foi o samba da Portela, como foi a provocação genial e direta de Joãosinho Trinta, qual foi a inovação de Fernando Pinto, Paulo Barros, o que nos ensinou Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, o legado de seu Nenê da Vila Matilde, Rosa Magalhães.
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Como foi o andamento da bateria do Mestre Thobias, da Vai-Vai, a paradinha do Mestre André, e a levada funk do Mestre Jorjão, da Viradouro. Quem não gosta de samba bom sujeito não é. Quem não gosta de carnaval nem se quer sonhou.
Num camarote, no espaço reservado a cadeirantes, me colocaram ao lado da dona Zica, que estava numa cadeira de rodas. Ela assistiu a todo desfile sem sair do lugar e sem tirar os olhos da passarela.
Comentava a evolução durante a passagem de todas as escolas. Tensa: “Fecha, fecha, muito espaço.” Me olhava, buscando meu apoio. Eu concordava com tudo: “Muito espaço!” Curiosamente, quando entrou a Mangueira, ela se calou. Não deu um palpite. Para não dar zica. Que momento...
Canta o ano de 2021: “Antes de me despedir, deixo ao sambista mais novo, o meu pedido final: não deixe o samba morrer, não deixe o samba acabar.” Não pode acabar. A festa pagã serve para expurgar todas as dores, repartir alegria e tristeza, dividir sentimentos.
Numa escola se samba, da destaque ao apoio, do surdo ao pandeiro, da passista ao puxador, todos são fundamentais. Foi o primeiro local em que o gênero não tinha a menor importância, a tirar LGBTQIA+ do gueto, a juntar rico com pobre na mesma ala, um desfilando e pagando a fantasia feita pelo outro.
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Viradouro é a grande campeã do carnaval do Rio 2020
1 / 9Viradouro é a grande campeã do carnaval do Rio 2020
Viradouro
Escola de Niteroi sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niteroi sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Viradouro
Escola de Niterói sagrou-se campeã do carnaval do Rio 2020 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Foi onde a história do Brasil foi contada, dos navegadores aos imigrantes, os tipos humanos foram representados, de indígenas a astronautas, o folclore requisitado, a África e a cultura iorubá exaltadas, e nossos problemas sociais amplificados. Debateu-se a violência, o Estado de direito e laico, a desigualdade social, a censura, a opressão. Trouxe admiração e indignação.
Carnaval mostra a essência brasileira. Mexe com a alma do País. Melhora a autoestima. Gringos pagam para ver. É das poucas coisas pelas quais somos lembrados e admirados no mundo todo. Nos enche de orgulho.
As ruas são tomadas. Em São Paulo, o Bloco Acadêmicos do Baixo Augusta nasceu em 2009 na casa de amigos baladeiros, amantes da diversidade, noite paulistana, Baixo Augusta. Nasceu e foi perseguido pela Prefeitura. Nasceu sendo caçado. Descemos ilegalmente a Bela Cintra, amigos e conhecidos, seguindo uma batucada. Entramos na Rua Augusta, paramos o trânsito de domingo e fomos da balada Sonic ao Studio SP. Não tinha mais que 200 pessoas.
Muitos tiveram a mesma ideia. O carnaval de rua de São Paulo estava no subconsciente. Tinha dentro de todos o desejo de conquistar as ruas e praças da cidade que amamos e escolhemos para viver.
A elite conservadora, liderada pelo prefeito Kassab, voltou a caçar no ano seguinte, cercou ruas, botou polícia, espremeu blocos em terrenos baldios. Não queriam “baderneiros” nas ruas. Imagine, só?! Pessoas alegres, pulando e dançando. Em São Paulo não se brinca, se trabalha. Respeite o descanso do trabalhador.
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
1 / 87Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela. Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Barroca Zona Sul
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela. Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Carnaval de São Paulo 2020
A Barroca Zona Sul abriuo carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Carnaval de São Paulo 2020
A Barroca Zona Sul abriu o carnaval de São Paulo homenageando a líder quilombola Tereza de Benguela. Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Tom Maior
Alegoria da Escola de Samba Tom Maior levou homenagem à vereadora Marielle Franco para o sambódromo do Anhembi Foto: Foto: Taba Benedicto/ESTADAO
Tom Maior
Rainha da bateria da Escola de Samba Tom Maior Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Tom Maior
A Tom Maior foi a segunda escola a pisar no sambódromo do Anhembi Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Tom Maior
Tom Maior questiona "o que é coisa de preto" no sambódromo do Anhembi Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Tom Maior
Samba estava na boca dos integrantes da Escola. Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Tom Maior
Alegorias trouxeram a história do povo negro no Brasil e no mundo... Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Tom Maior
... e mostraram como os negros ajudaram a construir o país. Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Dragões da Real
Escola fez homenagem autores e artistas que trabalharam com comédia ao longo da história Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
Desfile da Dragões da Real foi marcado pelas cores nas alegorias e fantasias Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
"A Revolução do Riso: A arte de subverter o mundo pelo divino poder da alegria" foi o samba-enredo da escola Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
Dragões da Real foi a terceira escola a desfilar no Anhembi Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
Escola desfilou com 23 alas, cinco alegorias e 2.900 membros Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
Animação não faltou na escola fundada por torcedores do São Paulo Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Dragões da Real
Detalhe de fantasia realça o desfile colorido da Dragões da Real, que fechou o desfile no tempo máximo previsto para o encerramento, 65 minutos Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADÃO
Mancha Verde
Depois de atraso provocado pela Dragões da Real na dispersão, a escola fez bonito Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
Mancha Verde foi a quarta escola a desfilar no Anhembi Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
Escola contou a históra de Jesus, do amor, mas também levou os pecados para o sambódromo Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
A fé e as atitudes nocivas da humanidade também tiveram espaço Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
A rainha da bateria Viviane Araújo se fantasiou de luxúria Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
Escola desfilou para tentar o bicampeonato Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mancha Verde
O samba "Pai! Perdoai, eles não sabem o que fazem! ” foi cantado com força pela escola com grande participação do público Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Acadêmicos do Tatuapé
Escola desfilou com alegria, entusiasmo e muito colorido Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
Ana Paula Minerato, musa da bateria da Acadêmicos do Tatuapé Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
A sambista Leci Brandão participou do desfile Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
A Acadêmicos do Tatuapé cantou a cidade de Atibaia Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
Escola contou história da cidade do interior do Estado Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
Uma réplica em tamnao real do pórtico da cidade estava em uma das alegorias Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
Escola levou artistas locais para abrilhantar a festa Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Acadêmicos do Tatuapé
Quinta escola a entrar no Anhembi neste primeiro dia de desfiles Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Império de Casa Verde
Crianças também participaram do desfile da escola Império de Casa Verde, que marcou presença no primeiro dia em São Paulo. Foto: EFE/Sebastião Moreira
Império de Casa Verde
Com muita alegria, a Império de Casa Verde foi uma das últimas a desfilar no primeiro dia de Carnaval no Sambódromo do Anhembi. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Império de Casa Verde
A Império de Casa Verde apostou em alegorias brilhantes e bastante luxo e movimento. Foto: Taba Benedicto/Estadão
X-9 Paulistana
A escola de samba X-9 Paulistana decidiu explorar referências africanas em seu desfile. Foto: Taba Benedicto/Estadão
X-9 Paulistana
Apostando no verde, laranja e amarelo, a X-9 Paulistana esbanjou alegria na última apresentação durante a madrugada de sábado. Foto: Taba Benedicto/Estadão
X-9 Paulistana
O tema da X-9 Paulistana deste ano foi “Batuques Para um Rei Coroado” e levou tambores, pandeiros e instrumentos de percussão. Foto: Taba Benedicto/Estadão
X-9 Paulistana
A X-9 Paulistana encerrou o desfile com 63 minutos de avenida no Sambódromo do Anhembi. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Desfile da escola de samba Pérola Negra no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, na noite deste sabado (22). Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Escola de samba Pérola Negra abre segundo dia de desfiles. Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Atual campeã do Grupo de Acesso, a escola homenageia o povo cigano. Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
A Pérola Negrahavia perdido 40% das suas fantasias durante o temporal que atingiu São Paulo e, mesmo assim, brilhou na segunda noite do carnaval de Sã... Foto: TABA BENEDICTOMais
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
A Pérola Negra desfila neste ano, com o tema: "O céu é meu teto, a terra é minha pátria e a liberdade minha religião". Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Além das tonalidades tradicionais do grupo, preto, branco, azul e carmim, o prateado também colore as fantasias do enredo deste ano Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
As agremiações do Grupo Especial desfilam hoje (22), no sambódromo do Anhembi, capital paulista Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Desfile da escola de samba Perola Negra no Sambodromo do Anhembi, em Sao Paulo, na noite deste sabado (22) Foto: TABA BENEDICTO
Confira as imagens que marcaram o desfile das escolas de samba no carnaval 2020 em São Paulo
Pela segunda e última noite no carnaval de 2020, a escola de samba Perola Negra desfila no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Foto: TABA BENEDICTO
Colorado do Brás
História e a relação entre Portugal e Brasil fizeram parte do desfile da COlorado do Brás Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
A Colorado começou o desfile com chuva, que não atrapalhou a animação dos integrantes Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
Escola desfilou pelo segundo ano seguido no grupo especial Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
A luta de Dom Sebastião contra os mouros e as lendas sobre seu desaparecimento fizeram parte do desfile Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
Camila Prins é a primeira madrinha de bateria de umaescola do Grupo Especial Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
A escola contou a história de Dom Sebastião, rei de Portugal Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Colorado do Brás
A Colorado do Brás foi a segunda escola a desfilar no sambódromo do Anhembi Foto: Foto: Taba Benedicto/Estadão
Gaviões da Fiel
A apresentadora Sabrina Sato foi Rainha da Bateria da escola pelo segundo ano seguido Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Gaviões da Fiel
O carnavalesco Paulo Barros estreou no carnaval paulistano Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Gaviões da Fiel
Um dos pontos altos do desfilefoi o fogo na comissão de frente da escola, que tinha Romeus e Julietas apaixonados e em chamas Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Gaviões da Fiel
Uma das alegorias mostrava a criação do homem por Ptlomeu, a partir do barro, com coreografia e uma cachoeira de "lama" Foto: FOTO: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Mocidade Alegre
A escola contou a história de uma menina que usa a força dessas deusas para salvar o mundo Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
Oxum, Iemanjá, Nanã tiveram espaço no desfile Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
A Mocidade Alegre levou uma homenagem às ayabás, orixás femininos Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
A força dos elementos da natureza também foram lembrados Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
A emoção tomou conta do desfile da quarta escola a desfilar no sambódromo do Anhembi Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
Exaltação à natureza foi um dos elemntos do desfile Foto: Taba Benedicto
Mocidade Alegre
Mocidade Alegre levou ao sambódromo uma homenagem às orixás femininas Foto: Sebastião Moreira/EFE
Águia de Ouro
... para apresentar a história do conhecimento Foto: Taba Benedicto/Estadão
Águia de Ouro
Desfile mostrou evolução da humanidade desde a pré-história Foto: Taba Benedicto/Estadão
Águia de Ouro
E contou com recursos cênicos em suas alegorias Foto: Taba Benedicto/Estadão
Águia de Ouro
Escola finalizou o desfile prevendo um futuro de paz e harmonia Foto: Taba Benedicto/Estadão
Águia de Ouro
Águia de Ouro levou para o sambódromo do Anhembi um desfile de conhecimento Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Unidos de Vila Maria
Tradição chinesa marcou presença Foto: Taba Benedicto/Estadao
Unidos de Vila Maria
A Unidos de Vila Maria, penúltima escola a desfilar, levou o público a uma viagem à China Foto: Sebastião Moreira/EFE
Unidos de Vila Maria
A escola levou 600 chineses para participar da festa Foto: Taba Benedicto/Estadao
Unidos de Vila Maria
Brilho e cores tomaram a passarela na passagem da Unidos de Vila Maria no Sambódromo do Anhembi. Foto: Taba Benedicto/Estadao
Unidos de Vila Maria
Dragões tomaram a pista Foto: Taba Benedicto/Estadao
Unidos de Vila Maria
Cultura e história chinesas foram apresentados no desfile da Unidos de Vila Maria Foto: Taba Benedicto/Estadao
Rosas de Ouro
Tecnologia foi um dos elementos do desfile Foto: Taba Benedicto/Estadão
Rosas de Ouro
Acessibilidade também esteve presente na passagem da escola no Anhembi Foto: Taba Benedicto/Estadão
Rosas de Ouro
A Rosas de Ouro decidiu falar sobre o avanço da tecnologia e encantou quem estava assistindo ao último desfile do Grupo Especial em São Paulo. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Rosas de Ouro
A Velha Guarda da escola desfilou com fantasia desenhada pelo estilista Ronaldo Fraga Foto: Taba Benedicto/Estadão
Cada bloco já tinha milhares de seguidores. A cada ano, mais blocos, mais foliões. Em 2020, foram mais de 575 blocos oficiais. E de tudo: bloco que toca punk, música da paulistana Rita Lee, Caetano, Belchior, funk, frevo. Tarado Ni Você, Agrada Gregos, Ritaleena, Domingo Ela Não Vai, Vou de Táxi, Tô de Bowie e Ilú Obá De Min, com 300 percussionistas mulheres, desfila pelas ruas com seus orixás em pernas de pau, para preservar e divulgar a cultura negra.
Juntaram 15 milhões nas ruas. Cervejarias disputaram patrocínios, entraram em concorrência. Setor hoteleiro e de bares e restaurantes contabilizaram lucros. A elite política se modernizou e organizou o carnaval. No mesmo desfile, Haddad pulava na pipoca, enquanto Covas Jr., no carro de som.
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Blocos foram valorizados, assim como o carnaval. São Paulo é do trabalho e diversão, seus malas! O presidente e um dos idealizadores do Bloco Augusta, Ale Youssef, virou secretário da Cultura. Do samba no pé ao comando, regendo.
Porém, como diz a marchinha: “Este ano não vai ser Igual àquele que passou,/ Eu não brinquei,/ Você também não brincou,/Aquela fantasia,/ Que eu comprei ficou guardada,/E a sua também, ficou pendurada.” Este ano, está combinado: vamos ficar em casa e nos preservar. O carnaval vai ter de esperar.