O Hospital Samaritano do Rio de Janeiro, onde está internado o médico ortopedista Lídio Toledo Filho, de 35 anos, baleado em uma tentativa de assalto na noite do dia 31, confirmou que ele está paraplégico. A notícia havia sido divulgada hoje pelo seu pai, o ex-médico da seleção brasileira Lídio Toledo. A vítima permanece internada em coma induzido, respirando com o auxílio de aparelhos. Seu estado é considerado grave. "A reversão da paraplegia de meu filho é muito improvável, porque o tiro lesionou a nona e a oitava vértebras, que comprometem os movimentos dos membros inferiores. Ele está bem monitorado e reage bem, mas sabemos que é uma lesão de alto risco", avaliou o pai da vítima. A mulher de Toledo Filho, Maria Silene Trajano, de 35 anos, também foi baleada e está internada, mas não corre risco de morte. O casal ia para uma festa de Réveillon na Barra da Tijuca (Zona Oeste) quando foi atacado. Toledo Filho foi submetido a cirurgia para estabilização da coluna e retirada de fragmentos ósseos e do projétil. Segundo o boletim do hospital, os tiros lesionaram as vértebras e seccionaram a medula espinhal, deixando o médico com paraplegia traumática. Em quatro dias, ele deve ser submetido a outra cirurgia, desta vez para correção da mandíbula, que foi atingida por um tiro e está fraturada. A polícia prendeu ontem o menor M.S.R., de 15 anos, que confessou fazer parte da quadrilha que tentou assaltar o casal. "Breve, breve vou estar na rua de novo. Pode botar aí", disse o menor ao Estado quando ainda negava o crime. No final da tarde, ele admitiu a policiais que abasteceu a moto e a entregou aos comparsas, os motoboys Alan de Assis Mendes de 25 anos e Rafael Silva de Oliveira, de 23 anos, que seriam primos. Os dois estão foragidos.
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