A espécie humana atingirá seu apogeu por volta do ano 3.000, de acordo com estudo realizado pelo pesquisador Oliver Curry, do Darwin@LSE, um centro de estudos da evolução da London School of Economics, sob encomenda para o canal Bravo, da TV britânica. Na alvorada do próximo milênio, os seres humanos terão entre 1,80 m e 2,10 m de altura, viverão 120 anos, serão belos, esbeltos, morenos e - informação que não poderia faltar numa pesquisa encomendada por um canal masculino - os homens terão pênis maiores. Os seios das mulheres também se beneficiarão. Segundo o tablóide The Sun, o pesquisador acredita que "por meio de cirurgias cosméticas e engenharia genética, tentaremos nos encaixar no que o sexo oposto deseja". Depois do apogeu, no entanto, virá a decadência, segundo Curry: a dependência crescente pela tecnologia e pela medicina poderá levar ao enfraquecimento físico e à perda da resistência natural a doenças. Além disso, os procedimentos médicos, cada vez mais sofisticados, impedirão que genes prejudiciais sejam eliminados pela seleção natural. Curry prevê que, dentro de 10.000 anos, a humanidade estará passando por uma "ressaca genética", reduzida a algo como animais domésticos, dependentes de máquinas para sobreviver. A capacidade de relacionar-se e algumas emoções poderão se perder. Depois, cerca de 100.000 anos no futuro, a humanidade poderá se ver dividida em dois grupos - os "com-genética", de boa aparência, saúde e inteligência, e os "sem-genética", menores, troncudos e menos espertos. Essa elitização seria fruto de seleção sexual: o fato de as pessoas mais bonitas e saudáveis procurarem parceiros apenas entre si. Curiosamente, esse cenário de uma humanidade bifurcada é muito parecido com o previsto pelo escritor H.G. Wells em seu romance A Máquina do Tempo, de 1895.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.