IBGE: Qual é a cidade mais branca do Brasil?

Município localizado no Rio Grande do Sul tem mais de 97% da população formada por brancos

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Atualização:

A cidade de Morrinhos do Sul, no Rio Grande do Sul, tem 97,4% da população que se autodeclara branca. É o índice mais alto no levantamento étnico-racial do Censo 2022, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 22. Por isso, Morrinhos é atualmente a cidade mais branca do Brasil.

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A cidade do litoral norte do Estado, distante 147 km de Porto Alegre, supera outras duas gaúchas: Forquetinha (97,2%), e Monte Belo do Sul (96,2%). O Rio Grande do Sul registra a maior proporção de brancos do País (78,4%).

Além disso, todas as 98 cidades do Brasil com mais de 90% de brancos se encontram em Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “Existe concentração efetiva da população branca no Sul do País”, analisa Fernando Damasco, gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas. Nessa região, houve forte imigração europeia no século 19 e no início do século 20 de grupos vindos da Itália, Alemanha, Polônia, dentre outros países.

Morrinhos do Sul tem cerca de 3 mil habitantes Foto: PREFEITURA MORRINHOS DO SUL / undefined

Os três mil habitantes - só 79 se declararam não brancos - colocam Morrinhos do Sul apenas na 359ª colocação no ranking populacional do Estado. Houve uma queda de 3,49% no número de moradores em comparação com o Censo de 2010.

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A pequena população está em uma região de grande riqueza ambiental, nas proximidades da Serra Geral, em um enclave de Mata Atlântica, a poucos quilômetros do litoral gaúcho.

Trata-se de uma cidade nova, com apenas 31 anos. Ela foi emancipada em 1992, deixando de fazer parte do município de Torres. A composição da população pode ser explicada pelo colonização da região. O povoamento começou no início do século 19, com a chegada de imigrantes alemães. Encontraram terras férteis, o que favoreceu o desenvolvimento da agropecuária, base econômica que se mantém até hoje.

 

No Brasil, o Censo apontou pela 1ª o predomínio de pardos em relação a brancos desde o início da série histórica, em 1991, quando o IBGE passou a adotar as cinco categorias atuais (pretos, pardos, brancos, amarelos e indígenas).

Cerca de 92,1 milhões de pessoas (45,3% da população) se declararam pardas. Outros 88,2 milhões (43,5%) se declararam brancos, 20,6 milhões (10,2%), pretos, 1,7 milhões (0,8%), indígenas e 850,1 mil (0,4%), amarelas no levantamento de identificação étnico-racial da população, por sexo e idade.

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Mesmo que os números do IBGE apresentem um panorama diversificado - a região Norte tem o maior percentual de pardos (67,2%), a região Sul mostrou a maior proporção de brancos (72,6%) e o Nordeste registrou o maior percentual de pretos (13,0%) -, existe uma clara concentração dos municípios com predominância de pessoas brancas nas regiões Sul e na porção sul do Sudeste (todo o estado de São Paulo até a Zona da Mata em Minas Gerais e interior do Rio e Espírito).

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