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Ilha de Marajó: cinco são presos por violência doméstica e estupro em arquipélago do Pará

Polícia concluiu força-tarefa que apurou crimes contra crianças, adolescentes e adultos na região

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Por Elisa Vaz
Atualização:

Cinco pessoas foram presas, sendo três em flagrante, por violência doméstica e estupro de vulnerável na Ilha do Marajó, no Pará, entre o final de fevereiro e o início de março. A Polícia Civil (PC) do Estado concluiu, no último domingo, 3, a primeira etapa da força-tarefa que reforçou ações de prevenção e repressão dos crimes contra mulheres, crianças e adolescentes no arquipélago.

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As prisões ocorreram nas cidades de Bagre e Portel, no dia 1º de março; em Melgaço e Oeiras do Pará, no dia 28 do mês passado; e na cidade de Gurupá, em 26 de fevereiro.

Coordenada pela Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), com apoio da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), a Operação Sentinela apurou 81 denúncias, instaurou 34 procedimentos e registrou 16 boletins de ocorrência.

A Polícia Civil concluiu a primeira etapa da força-tarefa que reforçou ações de prevenção e repressão dos crimes contra mulheres, crianças e adolescentes no arquipélago Foto: Polícia Civil-PA

Desde o dia 25 de fevereiro, equipes com delegados, escrivão e investigadores atuaram diariamente na apuração de denúncias e em procedimentos que investigam crimes de estupro e violência doméstica.

O delegado-geral de Polícia Civil do Pará, Walter Resende, detalhou ao Estadão que o órgão contou com toda a rede de enfrentamento de delitos, como a Polícia Militar (PM) e o Conselho Tutelar. Esta, diz ele, foi a sexta edição da operação, que leva uma logística para estimular a realização de boletins de ocorrência e também averiguar mais de perto denúncias nas comunidades.

Os crimes cometidos contra crianças e adolescentes, de acordo com o delegado-geral, são continuados, ou seja, são praticados com frequência contra a mesma vítima. Embora as prisões tenham sido por violência doméstica ou estupro, Resende garantiu que houve um número reduzido desses casos no âmbito da operação.

“Não posso dar muitas informações porque é obrigatório manter sigilo, mas a polícia busca averiguar com muita sensibilidade caso a caso. A gente vê muita situação de maus tratos e abandono de crianças e adolescentes”, afirmou.

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Nos casos em que há indícios de crimes, segundo o gestor, a Polícia Civil faz, imediatamente, o procedimento de juntar provas e levar à Justiça, ou adotar perícias e medidas cautelares e fazer indiciamentos necessários.

“Juntamos os elementos e entregamos ao Poder Judiciário, mas a permanência dos suspeitos fica a critério da Justiça. Deixamos para o Ministério Público (MP) e o Poder Judiciário fazerem o entendimento deles”.

Operação

Na opinião de Resende, a presença do Estado na região inibe novos crimes. O delegado-geral não descarta que haja um alto índice de criminalidade no Marajó, mas citou à reportagem que houve “um exagero” nas notícias sobre a região que ganharam repercussão nacional envolvendo denúncias de violências.

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“É uma notícia requentada. Claro que acontece, mas tráfico de órgãos para outros países, que, embora seja responsabilidade da Polícia Federal, também chega aqui na PC, e nunca tivemos registro nenhum. Maus tratos e violência sexual tem, como ocorre em várias outras regiões. Estamos atentos”, avaliou.

Além da demanda repressiva, a Operação Sentinela também teve ações preventivas, como capacitação para nivelamento no atendimento humanizado realizado por policiais civis e servidores nas delegacias, e orientações para profissionais que atuam na rede de proteção, educação e saúde, além de palestras para a sociedade, quando foram apresentados os tipos de crimes cometidos contra crianças e adolescentes, além da violência doméstica e familiar contra a mulher, reforçando as formas de enfrentamento e a importância do registro de ocorrência.

Essa etapa foi realizada na parte litoral do Marajó, e Walter Resende afirma que agora o órgão se direcionará ao centro do arquipélago.

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