Os imigrantes e seus defensores participaram dos protestos realizados neste domingo, 13, contra a vitória de Donald Trump na eleição presidencial.Segundo os organizadores do ato, o ponto central dos protestos em Manhattan foi o apoio de Trump à deportação de pessoas que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, entre outras medidas. Outras manifestações são esperadas em grandes cidades como San Francisco, St. Louis, Filadélfia e Denver.
Em entrevista à rede de TV CBS que será exibida neste domingo, Trump disse que está disposto a deportar ou encarcerar de 2 milhões a 3 milhões de imigrantes ilegais que cometeram crimes e têm registro na polícia. A medida é parecida com uma proposta do atual presidente, Barack Obama, e mais branda do que a promessa de campanha do republicano, que previa deportar 11 milhões de pessoas. No sábado, manifestantes já haviam se reunido em grandes cidades como Nova York e Los Angeles, bem como em lugares menores, como Worcester, Massachusetts e Iowa City. Em Los Angeles, cerca de 8.000 pessoas marcharam para condenar o que chamaram de discurso de ódio de Trump contra os muçulmanos, além dos comentários grosseiros do eleito sobre mulheres.
Processo Os advogados de Donald Trump apresentaram uma moção para adiar, até depois da cerimônia de posse presidencial, um processo de fraude de ação coletiva envolvendo o presidente eleito e a extinta Trump University.
No processo, arquivado na noite de sábado, 12,no tribunal federal de San Diego, o advogado de Trump, Daniel Petrocelli, argumenta que os meses adicionais dariam a ambos os lados tempo para chegar a um acordo. Petrocelli estabelece um plano detalhado que adiará o julgamento até algum momento logo após a posse marcada para 20 de janeiro, para permitir que o presidente eleito concentre seu tempo e energia na transição para a Casa Branca, informou o jornal San Diego Union-Tribune. O processo é movido por pessoas que alegam falha da Trump University em sua promessa de ensinar como ter sucesso no mercado imobiliário, e está programado para começar 28 de novembro. A moção também pede que Trump seja dispensado de ter que testemunhar ao vivo ou em pessoa. Em vez disso, seus advogados argumentam que ele deveria depor por meio de um vídeo gravado, um pouco antes de 20 de janeiro ou depois, quando seus deveres de transição estariam quase concluídos. Esse vídeo seria transmitido no julgamento.Com informações da Associated Press.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.