O inquérito sobre a morte do prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, deve ser encerrado até o final desta semana. O delegado seccional Osmar Porcelli disse, nesta segunda-feira, que está preparando o relatório final para enviá-lo à Justiça. Ele comentou, porém, que, até o final da semana, novas informações podem ser acrescentadas ao relatório. Porcelli disse que ouviu nesta segunda-feira uma testemunha ocular do assassinato, ocorrido em 10 de setembro passado. A testemunha afirmou ter visto ocupantes de uma moto atirando contra Toninho do PT. Ainda segundo a testemunha, duas motos estavam no local, no momento do crime. Ela relatou que uma delas tinha dois ocupantes, mas não soube especificar quantas pessoas estavam na outra moto. A partir dessas informações, o delegado solicitou a elaboração de laudo do local e de croqui - que devem ser concluídos até esta terça. Este material será anexado ao inquérito. ?Com ele será possível entender melhor o depoimento da testemunha?, comentou o delegado. Porcelli explicou que a testemunha não viu o Vectra prata, abandonado perto do local do crime, passar pelo carro do prefeito. Na semana passada, outra testemunha depôs no Ministério Público e alegou ter visto o Vectra passar em alta velocidade pelo local e logo ter ouvido os disparos. A testemunha não disse, no entanto, se os tiros partiram do Vectra. O delegado comentou que deve ouvi-la ainda nesta semana. No relatório final, Porcelli deve indicar como suspeitos os quatro rapazes detidos pela polícia. São eles: Anderson Rogério Davi, Fábio Mendes Claro, que confessou a autoria dos tiros, Globerson Luiz da Silva e o menor A. S. C.. Os advogados dos quatro rapazes haviam pedido, na sexta-feira, a soltura deles por falta de provas. A Justiça deve manifestar-se sobre esse pedido nesta terça ou quarta-feira. Porcelli preferiu não comentar o assunto e disse que a decisão cabe à Justiça. Ele reconheceu que o relatório do inquérito pode ser devolvido à polícia, caso os promotores entendam que sejam necessárias novas investigações.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.