28 de janeiro de 1954. A Via Dutra, ligação por terra mais importante entre as duas maiores cidades do Brasil, tinha acabado de completar três anos e, na então capital federal (que ainda era o Rio de Janeiro), surgia a atual Confederação Nacional do Transporte (CNT). O grupo visionário de transportadores rodoviários de cargas e de autônomos vislumbrou a necessidade da criação de uma instituição que representasse as empresas de transporte e de logística no âmbito nacional. E criaram então, naquela época, a Confederação Nacional dos Transportes Terrestres (CNTT). Décadas depois, em 1991, o Brasil havia mudado bastante, e a atual capital federal Brasília passaria a ser a sede da CNT (a nova nomenclatura surgiu em 1990).
Ao longo do tempo, o que nunca mudou é o papel central que a Confederação passou a desempenhar seja no desenvolvimento dos vários modais de transporte, seja na interlocução com todos os governos e matizes políticas que atuam de forma democrática no Congresso. O conjunto de análises técnicas, recheadas de dados e informação, é outra marca que, aos 70 anos, a CNT enraizou no seu dia a dia.
Atualmente, a Confederação representa as empresas dos modais rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, tanto do setor de cargas quanto de passageiros. É um universo que contempla mais de 165 mil empresas e 2,6 milhões de empregos.
Ao longo de sete décadas, a história da CNT está repleta de marcos importantes, como a atuação firme nas reformas trabalhista, da Previdência e tributária. A atuação, ano após ano, ajudou a estruturar o setor de transporte como a grande mola propulsora do Brasil.
Outra referência começou a ser construída em 1995, quando a Confederação passou a publicar a pesquisa CNT de Rodovias, que tem como objetivo geral avaliar as características e condições das rodovias pavimentadas brasileiras que afetam, de forma direta ou indireta, o desempenho e a segurança dos usuários do sistema rodoviário nacional – em relação ao pavimento, à sinalização e à geometria da via. A pesquisa se tornou uma grande referência no levantamento de dados e no direcionamento de políticas públicas para o transporte rodoviário no Brasil.
“Ao comemorar 70 anos, a CNT reafirma o seu compromisso de ajudar o País a crescer de forma sustentável e a criar empregos. Esse desafio só será superado com o aumento da segurança jurídica, a implementação de reformas estruturantes, a redução da burocracia e a modernização da infraestrutura, entre outras ações”, afirma Vander Costa, presidente da CNT desde 2019.
“São sete décadas de trabalho dedicado à melhoria das condições para a atividade transportadora e do ambiente de negócios, ao aumento da competitividade e ao progresso socioeconômico”, completa o presidente da entidade.
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