Uma imagem diferente das que costumavam aparecer nas capas de jornais estampou a capa do Jornal da Tarde de 30 de novembro de 1978. Estampada acima do título do jornal, a nova nota de mil cruzeiros era uma novidade lançada pelo Banco Central e que partir dali faria parte do cotidiano dos brasileiros por muito tempo. Trazia na face frontal a figura do Barão de Rio Branco. Não demorou para ficar conhecida popularmente como “um barão”.
Jornal da Tarde - 30 de novembro de 1978
“Essa é a nova nota de mil cruzeiros que começa a mudar a aparência do dinheiro brasileiro, quarta-feira quem vem. Pág. 12″, informava a legenda.
O valor da nota naquele fim de 1978 equivaleria atualmente a R$ 1.200.
Se no lançamento era sinal de pujança - com uma nota era possível comprar 200 exemplares de jornal - que naquele dia de 1978 custava cinco cruzeiros, com a hiperinflação, na década seguinte, quando sairia de circulação, era suficente apenas para comprar algumas balas.
Em 30 de novembro de 1985, ela valia 40 centavos, e com o jornal custando 2.500 cruzeiros, uma nota não seria suficiente para comprar um único exemplar.
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Por 46 anos [de 4 de janeiro de 1966 a 31 de outubro de 2012] o Jornal da Tarde deixou sua marca na imprensa brasileira. Neste blog são mostradas algumas das capas e páginas marcantes dessa publicação do Grupo Estado que protagonizou uma história de inovações gráficas e de linguagem no jornalismo. Um exemplo é a histórica capa do menino chorando após a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, na Espanha.
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