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Justiça do ES determina que Samarco construa comportas para barrar rejeitos do Rio Doce

Barragens servirão para impedir que bacia de Linhares seja contaminada por material revolvido no fundo do rio

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Por Leonardo Augusto
Atualização:
Barragem da Samarco em Mariana se rompeu em 5 de novembro Foto: Gabriela Biló/Estadão

BELO HORIZONTE - A Justiça do Espírito Santo determinou que a mineradora Samarco construa barragens com comportas para impedir que a bacia de Linhares (ES) seja contaminada por águas do Rio Doce, poluído pelos rejeitos da barragem da empresa que se rompeu em Mariana em novembro de 2015.

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A decisão foi tomada dentro de ação impetrada pelo município. A mineradora afirmou não ter tomado conhecimento da decisão, proferida pelo juiz Thiago Albani, da Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal de Linhares.

Segundo a ação, "o objetivo desse tipo de barragem é proteger os rios no período de chuva, quando a concentração de poluentes se eleva, mas ao mesmo tempo, permitir a troca de águas nos períodos em que a qualidade estiver boa, já que essa troca é necessária para a sobrevivência dos rios locais".

O Rio Pequeno, e o curso d'água que liga a Lagoa Nova ao Rio Doce serão os primeiros a receber as obras, por estarem entre os responsáveis pelo abastecimento da população da cidade. Em períodos de chuvas, que ocorrem entre outubro e março, material assentado nas margens e fundo dos rios geralmente é revolvido pelo aumento do volume da água dos rios.

A barragem da Samarco em Mariana se rompeu em 5 de novembro de 2015, matando 19 pessoas. O distrito de Bento Rodrigues, próximo à represa, foi destruído. Os rejeitos alcançaram o litoral do Espírito Santo, afetando flora e fauna.

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