Justiça paralisa mineradora próxima à barragem da Mina do Feijão

Localizada também em Brumadinho, Mineração Ibirité (MIB) teve as atividades interrompidas a pedido do Ministério Público

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Por Rene Moreira
Atualização:
Ponte da via férrea sobre o rio Paraopeba foi destruída pela força da lama com o rompimento da barragem. Foto: Wilton Junior/Estadão

A Justiça determinou a imediata paralisação das atividades da Mineração Ibirité (MIB), no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). O empreendimento é voltado à exploração de minério de ferro e fica perto da barragem que se rompeu na última sexta-feira, 25. 

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O pedido foi feito pelo Ministério Público, que citou o fato de a companhia operar “extremamente próxima dos locais onde ocorreram os rompimentos”. Na ação foram incluídos laudos periciais feitos após inspeções visuais, análise de documentos, boletins de ocorrência e depoimentos de testemunhas que comprovariam irregularidades nas condições ambientais.

Em seu despacho, assinado na segunda-feira, 29, e divulgado agora, a juíza Perla Saliba Brito exige "providências para impedir todo e qualquer carreamento de sedimentos para os córregos do Feijão e Samambaia". Também determina que sejam "contidos todos os processos erosivos da área" e estipula multa de R$ 1 milhão por dia em caso de descumprimento.

Segurança

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A Mineração Ibirité conta com 150 funcionários e está instalada em Brumadinho desde 2008. A empresa informou em nota que, por causa do desastre na região, vem atuando em conjunto com outros órgãos para garantir a segurança das operações e de seus funcionários.

Esclareceu ainda que "não utiliza o método de barragem de rejeitos, mas a codisposição em cavas exauridas, conforme consta no licenciamento de operação". E que não existem estruturas que possam se romper e atingir as comunidades vizinhas.

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