Lembo se reunirá com Bastos para discutir combate ao crime organizado

Governador disse que o governo tem que ser bastante rigoroso com o crime organizado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, se reunirá novamente na sexta-feira, 18, com o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e com o general Carvalho, do Comando Sudeste do Exército Brasileiro, para discutir novas ações de combate ao crime organizado. Lembo divulgou o encontro nesta quarta-feira, 16, em visita ao Hospital Regional, em Taubaté, no Vale do Paraíba. "Recebi a ligação do general agora e vamos nos reunir em São Paulo, com o ministro e sua equipe, e o general Carvalho." Lembo não detalhou os detalhes a serem debatidos no encontro. "Não se brinca com o crime, tem que ser tratado com grande cuidado. Qualquer fragilidade, fragiliza a sociedade". Lembo voltou a falar que não acredita que o governo federal vá enviar a São Paulo nem 10% do que foi pedido (R$ 730 milhões). "Até agora foram R$ 47,5 milhões." Durante a visita ao interior, o governador comentou a reivindicação do Primeiro Comando da Capital (PCC) sobre o fim do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e também disse que o Estado tem estudado o envio de alguns presos para a penitenciária federal, em Catanduvas, Paraná. "Temos que ser bastante rigorosos com o crime organizado e o RDD é uma experiência internacional, nos Estados Unidos, na Itália, na Espanha. Sobre o envio dos presos ao Paraná, não há nenhuma posição de afogadilho. Estamos analisando com tranqüilidade o tema e se for preciso ele (Marcola) irá. Mas atualmente não há nenhum risco, ele está isolado". Lembo manteve sigilo sobre as investigações do seqüestro dos dois funcionários da Rede Globo, afirmando apenas que três equipes trabalham para apurar os fatos, junto com a Polícia Federal. Considerando "complexos e difíceis de serem resolvidos", os ataques do PCC ao Estado, Lembo afirmou que somente os serviços de inteligência e informação vão combater a onda de violência e criticou os candidatos ao governo que usam a situação atual para fazer política. "Eu peço aos candidatos que tenham bom senso. É um assunto muito grave que afeta a vida de uma população inteira. Estão sendo precipitados ao dizerem que vão extinguir determinado sistema. Alguns se aproveitam da ocasião", opinou. Questionado se está na expectativa de entregar o cargo, respondeu com bom humor: "Só faltam 136 dias."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.