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Lula diz que não discutiu com o presidente dos Emirados Árabes Unidos extradição de Thiago Brennand

O presidente afirmou ao ‘Estadão’ que não sabe como será o processo de retorno do empresário ao Brasil e disse que a data depende da justiça

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Por Adriana Ferraz
Atualização:

O processo de extradição do empresário brasileiro Thiago Brennand, que foi acusado de agressão e estupro e está na foragido desde setembro do ano passado, ainda é um mistério. No retorno de sua viagem aos Emirados Árabes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ao ‘Estadão’ que não discutiu com o presidente Mohammed bin Zayed Al Nahyan o assunto e não sabe como será o processo.

“Quando vai acontecer é questão da Justiça”, afirmou o presidente. Ele acrescentou, contudo, que o empresário “tem de pagar” pelos crimes cometidos. “Se no mundo existir 1 milhão de cidadãos como esse, todos merecem ser punidos, porque não é humanamente aceitável que um brutamonte desses seja um agressor de mulheres”, acrescentou.

Thiago Brennand está fora do País desde setembro do ano passado. Ele é investigado pelos crimes de estupro e agressão e teve sua prisão preventiva decretada. Foto: Reprodução/Facebook

Os Emirados Árabes Unidos aprovaram a solicitação do Brasil e de extradição do empresário esta semana, como informou a TV Globo. Ele tem cinco mandados de prisão preventiva decretados no País e chegou a ser detido no exterior, mas foi liberado após pagar fiança.

Entenda o caso

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Brennand é acusado por diversas mulheres por crimes de abuso sexual e agressão, mas o estopim foi o caso envolvendo a modelo Helena Gomes, em agosto do ano passado, em que o empresário foi flagrado por câmeras de segurança agredindo-a dentro de uma academia em São Paulo.

A juíza da 6.ª Vara Criminal paulistana, Erika Mascarenhas, responsável por este processo, determinou que o acusado entregasse seu passaporte à Justiça. Como ele viajou para os Emirados Árabes, a magistrada decretou a sua prisão preventiva.

O atual advogado de Brennand, Eduardo Cesar Leite, pediu a revogação da prisão nos cinco processos, argumentando que “a mídia brasileira pautou supostos fatos, impondo julgamento antecipado do acusado pelo simples fato de sua viagem aos Emirados Árabes”. As solicitações foram negadas na semana passada.

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