Marinha resgata 6 tripulantes de barco de Santa Catarina que naufragou após ciclone no Sul

Sobreviventes estão ‘em bom estado de saúde’; buscas prosseguem por outros dois desaparecidos

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Foto do author Priscila Mengue
Atualização:

A Marinha do Brasil (MB) confirmou o resgate de seis dos oito tripulantes de uma embarcação que naufragou no litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira, 16, após a passagem de um ciclone extratropical pela costa catarinense e do Rio Grande do Sul. As buscas por mais dois desaparecidos seguem em operação.

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Em nota, a Marinha informou que os tripulantes resgatados estão “em bom estado de saúde”. Eles chegaram à costa brasileira na manhã deste domingo, 18, quando a embarcação que os resgatou (o Navio Thor Frigg) atracou no cais da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí, no litoral sul catarinense, a cerca de 100 quilômetros de Florianópolis.

Os cinco homens foram encontrados em uma balsa de salvamento por volta das 22 horas. “A MB continua mantendo esforços nas buscas pelos outros três desaparecidos”, destacou. Na fim da tarde deste domingo, 18, o sexto tripulante foi resgatado.

Navio com resgatados atracou na manhã deste domingo no cais da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí Foto: Comando do 5º Distrito Naval/Marinha do Brasil/Divulgação

Os sobreviventes são integrantes da tripulação do barco pesqueiro Safadi Seif, que naufragou na costa do litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira. A última localização confirmada da embarcação antes do incidente foi a aproximadamente 160 quilômetros da costa.

Na quinta-feira, 15, a Marinha emitiu alerta de vento forte para o perímetro de toda a costa do Rio Grande do Sul até Laguna, litoral sul de Santa Catarina. O aviso de rajadas se estendia até sábado, 17.

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Além disso, na terça-feira, 13, também foi publicado alerta de ressaca, com ondas de até 3,5 metros, para a área que abrange todo o litoral gaúcho até Florianópolis.

Governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), e ministros sobrevoaram a cidade de Caraá após passagem de ciclone Foto: Maurício Tonetto/Secom RS

Ciclone deixou ao menos 13 mortes no Rio Grande do Sul

A passagem do ciclone deixou ao menos 13 mortos no Rio Grande do Sul. Quatro pessoas seguem desaparecidas, todas em Caraá, município de 8,4 mil habitantes no litoral norte e um dos mais impactos pelas fortes chuvas e rajadas de vento.

Mais de 2,4 mil pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços. A corporação registrou cerca de 1,7 mil ocorrências. Segundo a Defesa Civil do Estado, mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e 697 estão desalojadas.

Os óbitos foram confirmados nos seguintes municípios: Maquiné (três) e Caraá (três), no litoral norte; São Leopoldo (dois), Novo Hamburgo (um), Gravataí (um) e Esteio (um), na Grande Porte Alegre; e Bom Princípio (um) e São Sebastião do Caí (um), ambos no Vale do Caí.

A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta no sábado, 18, para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

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Em Santa Catarina, a passagem do ciclone também impactou em diferentes municípios no litoral sul. Um dos mais afetados foi Praia Grande, onde moradores ficaram ilhados por mais de 18 horas até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, ao menos 60 dos desalojados foram encaminhados para um ginásio local.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, fizeram um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone e anunciaram ações de apoio à população afetada.

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